Ninha.
Eu corro sem pressa
Corro sem pensar em que lugar vou chegar
Eu reparei no céu
Em como é azul
Nas nuvens capuchos imensos de algodão.
Eu corro sem pressa
Corro sem pensar em que lugar vou chegar
Dei valor a tudo que tive
Quando já tinha fugido das minhas mãos
Eu só lembrei que eu precisava ter ali
Quando tudo aquilo estava longe de mim.
Eu hoje sou algum dia bem distante
Amanhã certamente no café um passado constante
O abrir e fechar de portas
Meu peito ao léu
Pedindo suas mau criações de volta.
Correndo para ganhar a vida
Correndo pra ter coisas que nunca vou precisar.
Naquele domingo cinza eu chorei
Espero ainda acordar desse pesadelo
Porque pra mim isso é um pesadelo
Os sentimentos verdadeiros são difíceis de achar
E na tua inocente perseguição
Eu descobri que eu poderia ser feliz
Vá com os deuses do seu mundo próprio e intocável
Vá que eu ficarei bem
Saudades aqui não me ferem mais
Capuchinho de algodão.
11/06/08
Texto dedicado ao meu gatinho que faleceu, sei que parece ridículo, mas, não escolhemos o quê ou a quem amar!