A manhã cai sobre mim... suavemente
Um frio percorre todo o meu corpo
Deixando-me num estado letárgico.
Um nevoeiro intenso, cobre meus olhos,
Que já não choram com a tua partida.
Meu coração em pedaços...
Reconstrói-se a cada dia que passa,
Minha alma ainda te sente...
Mas vai aos poucos, por atalhos,
Trilhando o seu caminho...
E tu, vais deixando o meu ser.
O vazio que cobria tudo em mim
Vai-se apagando.. deixando apenas uma réstia de dor..
Aos poucos, ergo-me das sombras
De um nada... que foi quase tudo.
Meus pensamentos já quase não vão em tua direcção,
Meus sentimentos escondem-se...
Para não mais sentir o som do desespero.
Não és mais música.... nem magia..
Já não és alegria... ou sofrimento..
Agora és apenas paz,
Que gira em torno de mim
Acabando com o meu torpor...
E apenas por mais um dia...
És uma sobrevivência... em mim.
Até meu mundo não girar mais... em torno de ti
E quando meus horizontes deixarem de ser tangíveis...
Serei apenas, não uma metade de mim...
Mas ter-me-ei por inteiro... um dia.