Foste no princípio e no fim a minha inspiração
Inspirei-me na dor que me causaste
No desespero que passei
No amor que (afinal) não tive
Em ti que me partiste
Tornou-se tudo tão confuso
Tao prolongadamente doloroso
Tão isto, tão aquilo
Tão tanto, muito, pouco, e nada
Só assim me liberto
Não conheço outro meio
Para além do fechar os olhos e adormecer
Não ter que lutar dia-a-dia para (de ti) me desprender
Sem estes dois meios perco-me em pensamentos
Em recordações, em sonhos
Em tudo aquilo que agora é o nada
Vou-te dizer:
Quero-te e não te quero !
Não te quero, Amor, que me fazes chorar
Quero-te, Ódio, que me fazes libertar
Disto, daquilo, de tudo e do nada
Volta e não voltes
Deixa-me assim perdida que alguém me há-de salvar...
Tornou-se tudo tão confuso...
Data de publicação:
Domingo, 6 Julho, 2008 - 15:59
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