Blog de Daemon Moanir

Foto de Daemon Moanir

Interlúdio - I

É esta dor que não passa,
É esta ânsia que me trespassa,
O amor que corta e recorta,
A mente que me vai e não me volta
Que me mantêm de ti a pão e água.

São gritos de tormentos
De caras vistas e revistas.
São sombras de vidas sobrevividas
Em abismos oprimidos,
A respirar palavras de ajuda
E a engoli-las a seco e em vão.

E o pânico, o medo,
As faces de horror e desalento
Espelhadas na minha as encontro,
A dar-me o frio, o gelo como certo.
Cerro os olhos que não consigo ver-me assim.

Os sonhos, as esperanças?
Perdi-as de uma vida melhor.
`
Ó tu que tanto m'encantas,
Dai-me a boa nova. Canta o interlúdio.

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De ti, a Loucura

Oh! Que raiva!
Que ódio e desilusão sinto.
Que horrores pulsam em mim e percorrem minhas veias?
Que obsessão! Que tormentos são estes que a mim se antecipam?
Que prazer é este que não alcanço?
Que nojo de mim! Até náuseas tenho.
O cheiro a pútrido e a morte paira no ar
Este leva-me a uma abulia terminal
E a ansiedade cresce dentro de mim...
Quero respostas para o que me acontece!
Porquê eu? Porquê a mim?
Que a chuva se abata e me lave!
Pois estou imundo em pecados.
Para, então, pedir o perdão.
E sentir o prazer de nada no peito trazer.

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O fundo do poço.

O fundo do poço é sujo,
É nojento e irascível.
O fundo do poço é frio,
É duro e desprezível.
O fundo do poço é vazio,
É só e doloroso.
É uma fossa horrorosa de sofrimento
Onde caiem todas as chuvas amarguradas
Por desventuras já estragadas.
O fundo do poço é pura melancolia.
O fundo do poço é mentira coberta,
É página de caderno fechada
Onde nunca mais vai ser aberta...
Ou, talvez, seja página rasgada
De frustrações e quimeras passadas
Que, sem piedade, adoram ser relembradas.

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Nada alcanço...

Como é possivel eu não escrever sobre ti?
Se tu sugas a vida que há em mim.
Consomes-me o corpo, destróis minh'alma, mas
Abrindo-te um novo ser esperei
Que tudo tomasse outro rumo.

Lembranças deambulam nos corredores pesados da minha mente.
Escrever torna-se dor, o eterno fardo.
É como suportar um espinhoso cardo,
Mas nem forças tenho para o agarrar.

Por favor, foge p´ra lá do horizonte
Leva-me o fardo e o pecado p´ra lá da ponte,
Que sozinho não consigo atravessar.

Desculpa, sou louco!
Sou tolo! Sou fraco!...sou poeta...
Eu só queria ser igual a todos os outros.
E ter-te para toda a eternidade.

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3º Dia

Tento não te olhar para não me lembrar
Da tua imagem que nada tem de bom p'ra mim.
Da tua imagem que nada tem de certo nem de seguro terá,
Mas de beleza e perfeição chegas tu à vista de todos
Pois não sou só eu que o sinto

Mesmo assim,
Gostava que me olhasses nos olhos
Que falasses e que eu te falasse
Para saberes o quanto penso em ti
E o quanto eu queria que isso não acontecesse
Talvez tenha apenas medo
Medo do que possa ser a tua resposta
Medo de não mais te ver no meu futuro.
Medo de não te ter por perto.
Medo de falhar.
Medo de saber a verdade.
Medo de tentar.
Medo de ser humano.

E é assim que detrás da tua carteira
Me tento demover a esquecer
Do teu real, cheio de beleza e perfeição,
Mas estás tão linda que fraquejo por uma palavra tua.
Por um olhar teu.
Um aceno.
Dava o mundo
Por um beijo meu em teus lábios pregados
Quando volto à realidade
Contento-me, apenas, olhar teus cabelos doirados.

Este é o terceiro dia
Desde aquela promessa insana e fria
Em que proferi palavras que não queria
Não sentia, naquele momento mentia
Naquele momento e em todos os que lhe seguiram
O coração me partiram, estilhaçaram e pisaram
Sem arrependimentos. Nem desculpas me pediram
As palavras traíram
A quem lhes dá bom uso,
Assim, condenei-me a falhar, a perder
A olhar, a sentir, a amar!
E não falar.
A andar, a correr, a escrever
A sonhar, a amar!
E não tentar.

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O teu cheiro...

Por vezes sinto o teu cheiro,
Perfume que chega acima das nuvens,
O odor que os Deuses invejam
Todos se prostram, todos são teus.

Lembro-me também da tua figura,
De um corpo perfeito que me torna fraco,
Mais fraco, ainda, quando é apenas uma miragem.
Um dia para te gostar, mil serão p'ra te esquecer.

Nestas horas de mágoas infinitas me encontro
A chorar por ti, sozinho na escuridão
Esperando encontrar-te, a ti e à tua face
Que irradia o meu caminho de beleza e paixão.

As tormentas pelas quais ando
Ninguém me as pode tirar
São símbolo do meu amor, do meu canto.
Mas, por favor, vem atenuar
Todos aqueles vísceros choros e prantos
Que me têm estado a matar.

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Nada de bom

Nada de bom tiro da minha estadia
Em teu ser, no meu fascinio.
Porque falhei em te convencer
O que p'ra mim era certeza,
Mas para ti nada mais que meu designio.

Perdi todo um novo ser,
Que tinha regozijo em viver
E sonhava por acordar mais um dia
Sabendo que te encontraria
No mesmo local de sempre sem sofrer.

Por entre muitos fossos já perdidos
De pecados e sofrimentos nunca esquecidos,
Tu eras como um buraco de abrigo
Onde me davas prazeres que nunca tinha tido
E me ensinavas de novo como é ser humano.

Agora, agora sofro
Atravesso desertos ardentes de paixão
Que me dizes terem de acabar.
Até parece coisa do meu passado.
Parece, então, que é aqui que vou findar.

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Busco

Beijo gentilmente tudo o que em ti gosto
E peço a Deus veemente p'ra que tudo isto acabe.
Está-se a tornar demasiado doloroso
Este obsoleto estado de ansiedade
Em que me encontro desde sempre.
Por isso, dá-me alguém a quem amar,
A doença está a piorar...
Hoje sei que estou completamente viciado
Num pranto de sentimentos falhados
E de sombras eternas a pairar,
Que ficam e se deixam ficar
Até que alguém as venha chamar
Reclamando-as só p'ra delas gostar

Por favor liberta-me as amarras e,
Deixando-me voar, a desvanescer
Por entre a solidão das nuvens,
Espero um anjo
De faces brancas e puras,
P'ra me dizer o que busco ouvir
De tudo mais
"Amo-te!"...

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Durmo

Durmo.
Oiço um som daqueles que ecoam para sempre.
Acordo,
Vejo-te a cantar a meu ouvido
A música eterna porque sempre esperei.
Ah! Tão suave e belo!
Como o traço feminino, preciso,
Contido num fino sorriso
Em lábios devoráveis apenas por espirito.
Ah! A ti entregar-me-ia de corpo e alma!
Nu, despido e tu sem roupa nem vestido
Contar-me-ias tudo quanto ânseio saber.
O relógio não parou e eu já a percorrer
Teus lábios rosados em faces brancas
Saboreava
O meu falhanço em não te fazer nascer.

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Moanir

Dói, a fome é grande.
A ânsia de amor e de amar
Ninguém me a pode tirar.
Corrói até o mais puro de espirito,
A mim faz-me louco fingido.

Com esta sede e fome até parece pecado,
O pecado da gula de ser amado.
Em verdade não sei se sei o que isso será,
Mas a palavra só não me satisfaz,
Já que o calor em mim à muito que não corre

Desde que a sua voz ao meu ouvido cessou
Meu coração parou, gelou, quebrou.
Em mil baços pedaços me encontro
Por uma qualquer rua lisboeta espalhado
Sentindo o gelo do seu calor desclaço.

Eu quero recomeçar uma nova vida
Uma nova face que tu não me deixas ter.
Por favor desaparece já não és a minha querida.
Deixa-me viver!
Deixa-me viver!

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