Tenho na ideia algo, uma dúvida,
Algo que não me deixa dormir seja noite ou dia
Esteja a cama quente ou fria,
Porque continuo sempre a perguntar-me.
Será errado buscar prazer
-A pergunta que me vale dias perdidos –
É vil querer-mos algo precioso apenas pra nós
E conservá-lo e amá-lo. Será isso pecado?
Mal não há-de haver
Por favor que mal não haja nisso...
Que haverá de mais prazenteiro
Que deitar na relva húmida da noite,
Com a mão nos cabelos de quem é mais que tudo
E deslizar colina acima e colina abaixo
Até não ter forças pra dizer o quanto a amas.
Depois sonhar sob as estrelas e sorrir ao futuro
E sorrir ainda mais sabendo que ela faz o mesmo.
Se me chamam tolo
Oh Deus que eles perdem uma vida.
Nada pode haver de errado em pedir,
Pedir aos Deuses que não m’a levem
Ser egoísta pelo seu odor,
Pedir por uma só vez amor.
E o futuro sob as estrelas...
-Despir-nos-emos de preocupações
Fá-lo-emos demais, sentindo;
Sentindo-te em mim,
E sentir-me em ti.
Nada haverá de mais doloroso,
De mais belo.