Faço, desfaço
tento recomeçar.
Nada se encaixa
ninguém respira
nada deságua
ninguém suspira.
Só manhãs cinzas
só tardes mornas
só noites em cinzas.
Despi minha mente
desfiz meus sonhos
desdiz a vida
repetidas vezes desmentida.
Em busca de um matiz
um ponto de partida
uma raiz
finquei estacas em solo movediço
perdi o rumo
perdi o viço
virei atriz.
Agora entrego a máscara
guardiã fiel das lágrimas
heroína de uma vida infeliz.
(Civana)
* Vejam o poema editado em imagem:
http://carlaivana.blogs.sapo.pt/20687.html