Tu perfumas toda a manhã
Ó virgem flor do pomar!
Cantas singela feita um sabiá.
Tu brilhas até em noite triste,
Carente sob o luar.
Tu bailas magnífica ao vento,
Sustém nas pétalas o grito matinal...
Do jardim às janelas da casa
Ouço o brado que de tua voz retumba
E afeta-me o peito num tom de amor leal.
Quando passeio a teu redor
Vejo a flâmula imaculada
Que nas haste de tuas pétalas encanta,
Percebo o asseio nas lindas folhas
Que límpidas te embelezam, ó planta.