Como posso descrever a vida que vivo e que vivi até agora... O tempo, no inicio era meu aliado, depois de uns anos apenas um conhecido,mas hoje, o tempo, já se tornou me inimigo. Voraz devorador da minha energia vital, suga tudo o que pode, chego a sentir, às vezes, minha vida se esvaindo, se perdendo. Como dizem, é assim mesmo. Não me conformo! A experiência e a excelência vem com o tempo, o mesmo tempo que acaba com tudo, pode-se dizer que a vida é longa, pode-se dizer que a vida é curta, mas viver mesmo é para poucos. Vive-se de momentos, vive-se de acasos, sortes, azares, encontros e desencontros. Pergunto-me: - Será que vivi? Será que até agora fiz valer minha existência? Deixei algo pra trás, para ser lembrado, algo que minha energia tenha consegui deixar marcado sem que o tempo apague. E o tempo não apaga tudo?
Tenho que fazer valer cada momento, tenho que aproveitar ao máximo de tudo que for bom pra mim, tenho fazer viver na minha prole o que eu já fui um dia, e acho que já fui, sim ! Minhas experiências me enriquecem, mas a idade me enfraquece, quanto mais sei menos posso fazer, é a ironia do bom Deus para com seus filhos! Sei que não sou o único, mas da vida, posso falar apenas da minha, logo parece, a mim, que sou único.
Cada capítulo que criei de mim mesmo me moldou e me marcou de alguma forma. Cada erro e cada acerto, cada encruzilhada, o suor derramado pelas preocupações, os rizos e choros, tudo me fez e me trouxe até aqui. Devo ter acertado em algum lugar, e errado também, faz parte. Friamente falando, é um processo, a vida é um processo, com inicio, meio, e fim. Em que parte estou? Só sei que preciso viver mais, só sei que preciso viver.
Ampulieta do tempo
Data de publicação:
Quarta-feira, 1 Setembro, 2010 - 23:03
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