Sou mais um na multidão
e a tudo sou diverso de mim,
mesmo sendo igual a todos,
minhas mudanças não tem fim.
Vivo o hoje e gosto de viver assim,
não abro a porta para o passado,
e o futuro se esconde
atrás de uma cortina de ilusão.
Vivo o presente,
só ele é real,
gosto de ser dissidente,
não quero a vida banal.
Mas o em torno me exige,
tenta transformar minha alma
em lâmina afiada,
implode a minha calma!
Mas luto, reluto,
resisto, persisto...
Há muito tirei a máscara
e sei que o bem
é o caminho da alma.
Semeio o impossível,
semeio versos de fraternidade,
semeio sentimentos,
semeio o coração.
Não sei se o que semeio
cairá em terra fértil
ou morrerá na terra estéril!
Não sei... Não sei...
Mas mesmo que a flor seque,
seu perfume ficará por muito tempo
espalhado por onde semeei.
O vento semeia poeira,
só nós humanos semeamos o bem
e colhemos a paz como
sementes de felicidade!