Outra vida enclausurou sua vida
Já não vive o que gosta de viver
Deixou sua vida ser invadida
E agora não sabe o que fazer.
Fragilizado não consegue arrancar os laços
Acomodou-se entre amarras que não gosta
O seu corpo retrata o cansaço
Mas a alma sufoca a resposta.
Acostumou-se a viver uma vida que não é sua
E vive a reclamar desta clausura
Chora, sofre, mas não recua,
E assim vai cultivando esta amargura.
Busca na poesia um pouco de alento
Só ela lhe traz migalhas de alegria
Nos versos encontra encantamento
Só neles liberta sua rica fantasia.