Deixou o casulo,
secou as asas e voou
leve, livre e solta,
pousando de flor em flor...
Depois de um parto dorido
gestado em anos de dor.
Liberdade era tudo que queria,
sentir o prazer de um novo vôo
pousar onde a atraia a cor.
Borboletear... Nos teares do roseiral,
tecer um sonho bonito
nos fios do essencial.
O espírito até então enclausurado
tinha ânsia de bem querer,
o néctar da liberdade
queria em sofreguidão sorver
Pousar na pétala de felicidade macia,
realizar sonhos de sua autoria,
pousar num ninho sem correntes
onde apenas houvesse um beijo quente.