Fiz valer meu livre-arbítrio,
despi-me das amarguras,
vesti-me de coragem
pra combater o mau(l)
que pudesse me atingir,
Fazendo-me desistir...
Juntei à minha bagagem
Expectativas, anseios, sonhos...
Selei nela o destino
que iria percorrer,
pra nunca mais te perder.
Desfiz-me da embalagem
que me rotulava...
Invólucro inútil, fútil.
Refiz o conteúdo
e de mim dei tudo...
Lavei a maquiagem,
restou autenticidade,
tornei-me eu, afinal...
Livrei-me do formal.
Captei toda essência
do amor imortal...
Libertei-me de conceitos,
apaguei os preconceitos
sobre moral e amoral...
Aderi ao informal.
Comigo só a carência,
a querência, um desejo incontrolável,
e a fé inabalável.
Foi meu mais lindo vôo...
Deixei que o vento me levasse
onde me quisesse levar...
(sabia que iria te encontrar)
Que meu poema se criasse
só de amor... sem desenganos ou dor.
Em teus braços fui parar
E não me canso de te amar.
(Carmen Lúcia)