Tenho medo do amor...
Recuo... Ele se aproxima...
Por que não raciocina?
Se alastra, nem se lastima
da proporção do estrago que é causador.
Vem de mansinho, na lentidão,
como brisa leve, mansidão...
E adentra pelas janelas abertas
que a alma carente, irrequieta,
esqueceu-se de fechar.
Depois se faz furacão,
invade seu coração,
desconcerta seu mundo.
E por qualquer razão
se vai assim como veio,
causando transtorno profundo.
Tenho medo do amor...
Tento fugir, mas ele é tão rápido!
Vive a me ludibriar,
está sempre a me esperar,
no lugar que menos espero.
_Carmen Lúcia_