Os olhos não querem mais te enxergar,
És indiferente a mim e toda população,
Vives pelo que não presta na ocasião,
O mundo todo detesta esse teu lugar.
Mas são apenas menores a vagar,
Entre os mendigos, no ardor da solidão,
Na fria noite, no açoite da escuridão,
Com sua vasilha na mão a cheirar.
Vagam cautelosos nas esquinas e vielas,
Na contra mão do asfalto, um trocado,
Para se satisfazer entre ondas paralelas.
Mais um tubo de cola, saque no mercado!
E suas vidas tornando-se roxas, amarelas...
Espreita mais um menor abandonado.