Vai-te embora passarinho verde
Que na primavera incontáveis vezes me fez voar
Desabrochando-me num oasis de sonhos
Onde aprendi a graça de amar
Porém, já não te quero mais!
Você se propôs a me judiar
Levou-me o olhar da pessoa amada
Pra outra primavera o aprisionar
O que faço eu com teu destino?
Não pertence-me como o meu pertenceu ao seu
Fez o que bem quiseste da minha história
Tirou de mim o que era sonho meu
Agora, caro passarinho...
Negra é a sua cor
Logo, quero que vais-te embora
Pois negra não é cor do amor!