Blog de Bira Melo

Foto de Bira Melo

ANSEIO

Anseio...
Pelos teus beijos adocicados
Por um dia a mais ao seu lado
Por um diálogo que 'inda não veio.
Somente anseio...
Em deitar em sua alcova
Saciar-me em seus seios
Alimentar-me em seu sexo
Fazer parte de seu meio.
Apenas anseio...
Fundir minh'alma em seu corpo
Diluir-me em teus receios,
Aplacar a saudade do que se foi
Só ser seu homem é o que anseio!
Anseio...
Ser um anjo lindo perfumado
Ter você sempre ao meu lado
A dividir dúvidas, medos que receio.
Tu és dádiva no meu mundo:
De loucura, aventuras e recreios.
Simlesmente a ti anseio
Mesmo que você não queira
Nessa hora por dúvida ou receio
Que eu te machuque minha rosa,
Com destreza eu te desnudo,
Como uma orquídea desabrochas
E absorvo sua essência, aplacando meus anseios.

Em tempo: esse é anterior ao LUXÚRIA E DESILUSÃO, ambos foram feitos para a mesma dona!!!

Foto de Bira Melo

EU VOU INDO

Estou indo...
Mesmo sem saber para onde
Eu vou indo:
Abortando meus projetos,
Apagando meus sonhos,
Adulterando meus planos
Eu vou sempre indo...

Eu vou indo...
Mesmo sem saber para onde
Entrei no navio da vida
E eu vou indo:
No mar tempestuoso,
Enfrentar a maledicência,
A hipocresia hominal, meus amores mal vividos,
Minha vida irracional
Eu vou sempre indo...

Eu vou indo...
Mesmo sem saber para onde
Eu vou indo:
No navio que não encalha,
Quebra os icebergs da solidão
Aquece meu gélido coração
Eu vou sempre indo...

Estou indo...
Mesmo sem saber para quê
Estou no navio da vida
Embora não sei o que é viver
Já não sonho, nem vivo amores,
As cores: só o preto e o branco,
Meu viver é triste...
Só vivo porque eu vou sempre indo!

Foto de Bira Melo

PONDE AGORA

Venha filho meu querido:
Ponde agora meu amor no teu ser,
Goza do teu livre arbítrio
Porém não esqueça por favor:
A vida só vale ser vivida
Com amor ao todo, sem restrição.
Sendo de Deus: a tua imagem,
Do seu pai: a tua miragem,
Da sua mãe: a tua gratidão.
Venha filho meu querido:
Ponde agora meu amor no teu ser,
Como se tivesses sido
Em Carrara esculpido,
Anjo lindo perfumado
Simplesmente tu, meu lindo filho
Meu Dimitri, Léon bravio e belicoso
És a razão do meu viver!
Tivesse querido eu, teu carinho agora
Louvando ao bom Deus
Para sempre e por tod'hora ter...
Venha filho meu querido
Ponde agora meu amor no teu ser!

Foto de Bira Melo

NOITE DO RIO

É triste, muito triste
A noite no Rio...
Bandidos acendem e jogam
granadas de curto pavio.
É bela, mui bela
A vista da noite do Rio...
Mesclas de luzes e sons
Em casas, palácios, taperas,
Vilas, bairros e favelas
Todos com seu poderio.
É triste e bela,
Mui triste e mui bela
A noite do Rio...
...de Janeiro a dezembro
Lá é o único lugar
Donde o mar deságua no Rio.

Foto de Bira Melo

DOIS CORAÇÕES

Tenho dois corações:
Um de amar
Um de paixões.

Tenho dois corações:
Quando um ignora
O outro pede e implora:
Faça uma reconsideração.

Por ter dois corações
Eros nunca me flechou
Pela sutileza desses pimpolhos
Só quem flecha é o seu Criador.

Um meu coração é leviano
O outro meu, tem mil e um planos,
Elementos que não têm fim:
Pedra, metal, água, manteiga, marfim...
Porém a madeira que é o estopim.

Tenho dois corações:
Embora sejam antagônicos
Poucas vezes são irônicos
Eles tornam o meu amor
Em virtual e eletrônico.

É por ter dois corações
Que sei que ontem e hoje em dia
Posso não ser um ser ruim
Pois amo e vivo a alegria
Tenho dois corações
Que pulsam e vibram
Em perfeita harmonia.

Bira Melo , in "Anjinho de Carvão".

Foto de Bira Melo

SÚPLICA PÓS MORTIS

Se ao acaso o irônico destino,
Ou a mera fatalidade do viver
Trouxer hoje o janeiro do meu ser
De uma maneira inesperada
Não quero choro, nem risos, nem nada
Não quero vela, nem o pranto mudo
De uma gazela desesperada.

Flores... Para que se não há mais nada?
No meu esquife, não há mais necessidade
Pois que a matéria ali repousada
Não carece de ser decorada.

Sei que gostas de flores perfumadas
E eu, do simples, das flores e das floradas.
Em vida, somente em vida e mais nada!
Pois que em morte minha, já não gosto de coisa alguma,
Porque tudo tem um sabor de nada.

Tenho medo dos vermes,
Da escuridão da lápide,
Do gelo quente da madrugada
E esse medo faz com que te suplique
Que faças minha matéria ser cremada
E das cinzas: fazei um carnaval, uma levada
A travessia de São Paulo, o Morro
Da rampa do mercado, sairás na madrugada.

E em noite de Lua cheia
Por estrelas guarnecida
A poucas milhas da chegada
Espalha ao vento sobre o mar
Minhas cinzas flamejantes
Que outrora foi bela morada
Desta alma diminuta
Louca e eternamente apaixonada.

direitos autorais reservados. Poema in "Anjinho de Carvão".

Foto de Bira Melo

VOU SAIR POR AÍ

Eu hoje vou sair por aí
Esquecer de usar minha muleta
Galopar em muitos campos floridos
No galope contemplar muitos lírios,
Perfumar de açucena o meu ser.

Eu hoje vou sair por aí
Esquecer de lembrar que existo
Se um dia fui pobre ou rico
Não importa, galopando eu fisgo,
A fera do meu insandecer.

Eu hoje vou sair por aí
E acho que isso é agora
Regar a minh'alma na aurora
Pintar em matizes baratas,
A hora do meu fenecer.

Eu hoje vou sair por aí
Vou sair hoje, não surtado
Tenho Anjos e Querubins ao meu lado
Levando meu pergaminho bordado,
O linho puro que é o meu viver!

Foto de Bira Melo

ROSE NEGRA

Quero a pétala
Da rosa púrpura
Pra fazer o meu pergaminho,
Quero espinhos dela mesma
Pra furar meu dedo mindinho,
Escoar minha tinta escarlate
Que flui do tinteiro,
A minha vida
E bombeia a razão do meu viver...
Quero somente pétalas
De todas as rosas encarnadas
Em matizes caras e baratas
Pra escrever simplesmente :
Tu és a Rose Negra
Que adultera e alicia o meu ser!!!*

* Sugiro que ouçam Encostar na Tua de Ana Carolina como sonoplastia , pois foi com ela que houve a composição deste!

Foto de Bira Melo

FOME, SEDE e AGONIA

Meus olhos têm fome
De um mundo melhor
Donde o coração hominal
Seja igual a do animal,
Seja dos insetos, ou melhor,
Das abelhas, as operárias
Que em seus grupos não há desarmonia
Tudo pulsa em sintonia
Porque sabem que seu Criador
Fê-las para amarem-se
Produzir do alimento ao remédio
Sem agredir a natureza
Em balés e em canções de alegria!!!

Meus ouvidos têm sede
De ouvir uma melodia
Como Carinhoso, Tarde em Itapuã...
Sede de músicas de verdade
Tipo : Alvorada de Cartola ou Chega de Saudade
Quero "A noite do meu bem"
Mesmo que seja em dissonantes
"Regra três" e "Por causa de você"
Com cadência e compassos,
Bonitos e marcantes.
Sede de Gal cantando Tom,
"Antonico", "Vapor barato", "Índia", "Dez anos"
E Bethânia em "Chão de estrelas"
Ou simplesmente qualquer um cantando :
Que "Estão voltando a flores"!!!

A minh'alma está agoniada e fadigada
Dessas modinhas horripilantes
Que a ninguém não dizem nada
É o "Arrocha", o "Tapa na cara"
E a "Égua pocotó" com "Pressão mamãe"
Além das medíocres lambadas...
É verdade!... Onde chegamos?!
Será que erramos pra essa moçada
Que só pensam em drogas auditivas,
Roupinhas da moda, fuligem de som
E dizem que românticos como eu
São quadrados e não estão com nada?!

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AMOR LUNÁTICO

Só te beijo,
Em palavras iridescentes
E com vapores dourados
Que do Sol roubei.

Só te penetro,
Em sonhos da minha mente
Que louca e em febre ardente
Em tua luz quer se banhar.

Só te possuo,
Completa em enchente...
Nova, minguante e/ou crescente
Venero-te, pois sou lunar.

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