Até quando vou viver de fantasias?
De sonhos e devaneios ilusórios?
Contos de amor, cartas para fantasmas,
Histórias que não passam de versos
Escritos no vazio da minha alma...
Minhas noites têm sido cada vez mais brancas,
Como meus poemas sem rimas,
Sem cor, sem ritmo, sem vida...
Frias e corrosivas,
A cada noite tenho menos alegria...
E minha rotina faz tudo parecer eterno!
Os dias passam lentamente,
Aumentando minha sede de companhia...
Tudo o que faço é automático,
Sem euforia, sem emoção...
Quem me olha nos olhos, percebe,
Que debaixo da minha pele não há ninguém,
Ainda estou vazia...
Incompleta...