As cordas mudas de meu violão,
as lágrimas secas no olho meu,
encobrem melancólica canção
que ecoa no funda d’alma o breu.
Oca, silente, não feita ao clarão.
Águas contidas do choro ausente
a secar a vista, ainda são.
Formam turvo lago, lentamente,
águas de naufrágio, de imersão,
que o sabor a garganta se sente...
O silêncio grita o meu canto.
Nado, mergulhando na água em pó.
Quem ouve, escuta o oco sem pranto,
quem vê, enxerga a inércia e só.
Meu canto e lágrima que estanco.
Comentários
Gostei
Oi, visitei seu blog, belíssimos poemas. Parabéns!!
Eveline Andrade
Arnault / Eveline
Obrigado Eveline, é muito bom quando surge um comentário, é justamente o que se precisa para continuar a escrever... Principalmente um comentário tão gentil como o seu.