Soltei as mãos e ela partiu,
abriu asas e subiu, sumiu.
Mesmo assim, pouco parei,
apostei, perdi, não hesitei.
Era um risco, mas, sou assim.
Não nasci para gaiola, ou selim,
correia, ou tranca, confim...
É. paguei o preço caro e mora,
ver a avezinha ir-se afora
e constatar que foi embora.
Assim ela se foi, liberta.
ela se pertence e a altura incerta,
não a mim, não a minh'alma aberta.
Sou de signo de ar...
Então, entendo do ser de voar.
Quiz sustentar as asas, leveza a pairar;
mas, ela voou para um azul alheio,
mais que abarco de horizonte e esteio,
um céu distante e sem freio.
Mas, quando suspeito... um gorjear,
ainda me pego olhando para cima,
a vasculhar, esperar, esperar,
ver a avezinha voltar.
Comentários
P/Arnault, de Joaninhavoa
Seu poema é um casy study! Um caso
para dizer, depois de pré-analisado,
- "Passarinha! Passarinha"
Adorei!
Joaninhavoa
(helenafarias)
12/12/2009
Joaninhavoa
P/ Joaninhavoa de Arnault
Oi Joaninha ( Helena )
Quase sempre os nomes dos poemas que faço vem junto com o mesmo.
E este teve este nome tão singular, Passarinha, mas não foi por erro ortografico ou engano, é Passarinha mesmo. Deste forma é possível ler além de passaro, já que é feminino, e pelo "inha" que era algo a que se tinha carinho...
Saudações do casy study poético Arnault
P/ Arnault de Witch
Nossa poeta vc tem razão nossos poemas se cruzam novamente... e o interessante que olhando na data em que vc postou seu poema foi mais ou menos na data em que escrevi o meu eu so não tinha colocado ele aqui no blog... Fiz o poema passarinho para meu passarinho eu tinha um bigodinho ele cantava muito as vezes era quase meia-noite ele tava cantando, se eu ligasse o radio então na hora ele começava a cantar.... adorava ele... mas infelizmente ele morreu o mês passado. Eu tinha dó dele na gaiola mas não podia soltar pois ele praticamente nasceu ali dentro não ia saber viver sozinho.... Por isso escrevi o poema...
Amei seu poema...
Diário de uma Bruxa