Nas areias da praia
e nas nuvens do céu,
os sonhos abrem a baia
e se espalham, confetes de papel...
Ali um gato... ou rosto de mulher...
É o vento a brincar de ciranda
e o desejo a compor com o querer,
as figuras que a sorte manda.
Na areia, o desenho de um coração
ou as letras de um nome.
Que as coisas concorrem na erosão.
Na maré, pé, vento... Some...
Mas, o céu permanece.
Com suas figuras a esperar
quem mais as vê e esquece.
Quereres soltos no ar.
E a areia, guarda segredo
do nome e dos corações
riscados num eterno enredo,
d'ora verdade, ora ilusões...