Olho a Lua, olha a lua
ela enfeitiça meu olhar
sei que há muito a falar
além do apreciar, sonhar
mas o meu pensar recua
Silenciosa plateia
nestas horas internas
horas só minhas, ternas,
em que a razão adernas
e não se prende a ideia
É uma linda Lua minguante
na ultramar vastidão
uma visão quase mar
quase limbo, quase amar
contraste à penumbra, amante
Um sorriso sem rosto
dentes de luz, marfim
mais que um lapso em mim
onde as palavras têm fim
um doce gosto de mosto
Boa noite Luazinha
muito bom que nos revemos
e lembranças qu'inda temos
sob os serenos, foi, cremos:
Foras não apenas minha