a dor da tua ausência
oculto-a nos sorrisos imperfeitos
que rabisco no vazio
quando visitas meu jardim
subconsciente e íntimo
descubro-a nos soluços cavados
que sobressaltam meu chão
sismos que ameaçam meu templo
edificado em terra-de-ninguém
entrego-a na lágrima obstinada
que nasce no rincão oculto
de onde toda a inquietação
ingovernável e sôfrega flui
a dor da tua ausência
deslaço-a em mim
colo de quimeras mil
pasto tenro de desvarios
estupendos e plácidos
porque
na tua ausência
a dor é pilar em mim
é oriente e aurora
e meu fontanário de ser
Alexxa