Blog de Alexandre Montalvan

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Eclipse da revolta

Levante o cão desta coisa absurda
Dispare a morte eclipse sem regras
É o longo o uivo matilha das trevas
É lento o veneno do reino da dor

Rastejam impuros vermes malditos
Colônias duetos entrelaçam as mãos
Em idas e vindas marcadas extintas
Em sulcos na terra demência razão

Os cercos explodem nas barras de ferro
Rompem-se na força desta união
E muitas barreiras se têm pela frente
E o mesmo marcado sistema doente
Refreia imponente o grito do horror

E como começam os gritos se calam
Só resta apenas o longo trovão
As portas se fecham e não se abalam
É o recomeço do longo cortejo
Tentando esconder tão horrível caixão

Alexandre Montalvan

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Lar

Há dor neste pedaço de papel
te descrever é tão cruel, sentir teu pranto
por ser agora o teu encanto, ser esta dor
em que eu esbarro
em meio à tênue fumaça de cigarro
mas ninguém fuma

E não há dor alguma
talvez apenas nostalgia
acentuada pelo gosto da cafeina
mas ninguém toma café
talvez com fé, um arremedo de poesia
talvez um lar

Talvez a verdade nua e fria
em minha casa vazia
em minha sala sombria
apenas uma cadeira
vazia
E eu em pé!

Alexandre Montalvan

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Mãos na escuridão

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Saco de pancada

Cheguei ao fundo do poço, esboço da vida desregrada
Das noitadas, anfetaminas, do excesso de namoradas
E agora seu menino, estou andando de bengala
Quebrei a cara, virei pancada, nas doces madrugadas

Já perdi todo o juízo, escalei de costas o Everest
Patinei de Jet uísque já virei filho da peste
E perdi muito dinheiro apostando em palitinho
E agora estou perdido precisando de carinho

Se você esta sozinha, precisando de um mala
Vem pra junto deste nego, que esta preso á bengala
Mas que ainda tem no peito coração que bate forte
Mas não sabe até quando vai durar toda esta sorte

Alexandre Montalvan

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Dama da noite

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Dama da noite

Formosidade noturna dama
Suaves teus contornos,
Na brisa na rua
Na misteriosidade da luz da lua
Voluptuosidade em todo teu corpo
E o teu aroma de dama invade
As almas em chamas

Abrem-se as flores
Sussurram amores
Os enamorados, amantes, ficantes,

Mas antes,
Eu fico calado
Meus olhos
Tuas flores oh! Noturna dama
Escuto-te a noite
O teu farfalhar oh! Dama da noite

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Amar na cama

Eu preciso dizer que eu te amo
Não me importa nem onde nem quando,
Ou como
Eu preciso sorver do teu riso
E fazer dos teus olhos meu único abrigo

Ondular em teus longos cabelos
Ser um sonho em teus pesadelos
Eu preciso envolver-te como um rio
Ser calor em teu frio
O amor em profundo desvelos

Eu preciso pedir-te perdão
Mesmo antes de tê-la ofendido
Mas excesso de dedicação não merece castigo
Eu preciso entregar-te o meu coração
Pois sozinho ele não vale nada
Eu preciso de ti
Eu preciso de ti minha amada

Não preciso de pão, nem de rei ou rainha.
Eu preciso entregar-te a minha
alma em chamas
Por ti meu amor é tanto, que derrama.
Na vida, na rua, na cama.
Eu preciso dizer que te amo

Alexandre Montalvan

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Amor em overdose

Pingos de ouro sobre a escura terra
Resplandecem vibrando delicados
Escorrem lentos desengonçados
Como o sangue que escorre na guerra
Em todos os lugares.

Tal tormenta em lágrimas aflitivas, gritos.
Alma virgem viaja ao encontro do destino
Espasmos, soluços vibram no infinito.
Cintilam na aurora como espelhos cristalinos

Trêmula a escura terra abre fecunda
Para abraçar tão desolado coração
Pela guerra, que é na terra profunda.
Diluída como lama pelo chão

Flor do mal é tanto que morras
Torva é tua vida, obscura emoção.
Tanta é a dor em tuas entranhas
Há amor na mais profunda escuridão?

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Entre o Amor e o òdio

Entre o Amor e o Ódio

M'alma tão triste padece
das dores da indiferença
E mesmo na tua presença
Tu olhas-me só por olhar

Não percebo mais teu carinho
Quando vinhas sorrindo baixinho
E aquele sublime jeitinho
Tão doce, ao me falar

M’alma em algemas é presa
Entre o amor e O ódio
Na imensa masmorra da dor
Mesmo que eu tenha certeza
Este ódio invade o meu peito
E destrói este amor

Entre o amor e o ódio eu me calo
Um terrível fim. . .
Tenebroso este inverno
Vivendo m'alma em inferno
Por viver assim

Entre o amor e o ódio eu me permito
Pois do amor que julguei infinito
Apenas restam gemidos
De amor. . . para mim. . .

Alexandre montalvan

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