medo

Foto de Ivanifs

Sonhos

Sonho as vezes , claro e escuro
Preto e branco, colorido
Muitos deles são perdidos
São só sonhos nada mais.

Deito e peço pro meu Deus
Que me traga um sonho lindo
Um jardim , um pôr de sol. Com final monumental

Sonhos são tristes
São distantes, sem explicação
Não dá pra pegar com a a mão
Se eu sonhasse mais bonito Não teria de acordar
Com um tambor no coração...

19/08/1987

Foto de Jamaveira

Ser Eu

Ser este monstro que é humano
Arregala os olhos de dor
Escancara os dentes sorriso macabro
O seu próximo não vale nada
Que dizer da culpa que leva a prece
Se no peito pulsa fingida identidade
Levando a crer no perdão
Sai por ai na contramão.
Olho pra dentro e me vejo
Aí sim me dá medo
Desconheço os caminhos em labirinto
Escondido em qualquer esquina
Finjo ser estatua
No breu da noite sem lua
Espero astuto ser voce meu luto.

Jamaveira®

Foto de Jonas Melo

MEDO

MEDO

Sentimento esquisito

Que nos deixa aflito...

O qual muitas vezes se personifica...

Grito de dor

Grito de amor

Grito de jaz

Grito de paz

O medo sempre traz seus irmãos: nervosismo, insegurança...

Mas o mesmo sempre é vencido pela esperança

Afinal a esperança é a última que foge

A fé sim, é a última que morre.

Jonas Melo !

Foto de Edson Rufo

Medo e Panico Podem ser Tratados

Quanto mais notícias se têm sobre a Gripe Suína, o medo cresce. Até que ponto isso é normal?

Manter o corpo e a mente sempre no mesmo equilíbrio, fundamento utilizado nos tratamentos do Terapeuta Edson Rufo.

Sentimentos desconhecidos.
Contrair doenças ou perder o controle. Cada medo tem hoje uma direção para ser tratada.

Enquanto a correria se faz pela doença que esta sendo divulgada
Gripe Suína (assim conhecida, popularmente) e de nome Influenza A,
percebemos a preocupação das pessoas em adquirir a doença, o medo neste contexto causa stress deixando o indivíduo mais vulnerável.
Sim o medo predomina em vários fatores da vida e muitas vezes os desconhecemos, mas eles se manifestam.
Um sentimento de inquietação imaginário, mas ao mesmo tempo muito real sem causa aparente.
Todos sempre têm algum medinho sem saber do que.

Medo de ambientes fechados, medo de escuro, medo dirigir, fobia social, complicações de doenças, viagens, medo de sacolas, instabilidade financeira, pensamentos ruins, medo de dormir sozinho e assim vai...

Edward Bach, entre 1930 e 1936 afirmava que em geral as doenças eram provenientes de alterações emocionais.
Desenvolveu um método de cura natural e simples utilizando as essências das flores silvestres, uma dedicação voltada a todas as pessoas.

Os Florais de Bach originais são o grande caminho para o equilíbrio.

Os Florais de Bach são 38 essências, dívidas em grupos.
O mais importante é saber que quando se lê sobre as essências as pessoas acabam achando que todas servem para seu problema.
É muito importante ressaltar que com a orientação de um Terapeuta os resultados obtidos são positivos, pois a avaliação é feita individualmente, cada caso, para se obter o resultado desejado.

Alguns florais que trabalham a emoção do medo são:
Mimulus, Aspen, Rock Rose, Red Chestnut e Cherry Plum.
Cada qual trata de um medo diferente.

A composição de vários florais é avaliado ao conjunto do tratamento, também tem o conhecido Rescue Remedy, que já vem composto por alguns florais.

Os Florais de Bach são essências extraídas de plantas e flores. São totalmente naturais, podem ser tomadas por pessoas de todas as idades, lembrando sempre que com orientação de um profissional da área.

Sem causas justas o medo paralisa a vida. Medos...
As gotinhas que já são de uso e conhecimento no mundo todo, tem auxiliado várias pessoas com excelentes resultados, diz o Terapeuta Edson Rufo.

Medo e Conscientização:

Falamos sobre o medo de maneira clara e de como pode ser tratado.

Quanto a Conscientização depende unicamente de cada um, que seria a prevenção através dos cuidados com a higiene.
Usar o álcool correto, lavar as mãos constantemente, fazer uso da mascara pelo tempo permitido sem passar o dia todo com a mesma que acaba umedecida absorvendo assim muito mais bactérias.
Manter uma higiene sempre que chegar em casa após um dia de trabalho, das compras, entre tantas coisas que fazemos em contato com diversas pessoas, impedindo com isso que possa-se levar para o ambiente doméstico a possibilidade de contrair a doença.
Manter uma alimentação balanceada para que seu corpo crie uma resistência natural.
A alimentação adequada estimula a ação do sistema imunológico e potencializa seu funcionamento.

Fugir do stress, pois o corpo fica vulnerável as doenças.
Sem medo e sempre consciente procure fazer o melhor para viver melhor em uma vida saudável.

“CONSIGA DE SI O IMPOSSÍVEL, MAS FAÇA O POSSÍVEL PARA NÃO TER ESTRESSE.”
Do livro: “LIVRAI-NOS DE TODO MAL” (Edson Rufo).

Foto de Osmar Fernandes

Aparição do Capeta

Certo dia, noite escura, num terreno baldio, próximo da Igreja Católica, três moleques levados pegaram uma abóbora e fizeram dela uma caveira... Fixaram uma vela acesa em cima de um toco e a puseram por cima. Ficou parecendo o demo, o capeta mesmo!
A missa acabaria às vinte horas. Os fiéis que passariam por ali, a pé, certamente a veria. A caveira ficou num ponto estratégico, bem na esquina.
O pessoal ao sair da missa, ao vê-la, gritou: “Valha-me Deus! Jesus tende piedade! Minha Nossa Senhora da Aparecida! Salve-me Senhor!
Foi gente pra todo lado... Os três capetas caíram na gargalhada... Quando o local esvaziou, saíram da moita e se depararam com um corpo estendido no meio da rua. Joãozinho, o nanico, gritou: “É dona Julieta! Ela tá mortinha da silva! E agora?! Estamos fritos!!!” Pedrinho, o gago, disse: “Vixe, agora lascou tudo!!! Vou deitar o cabelo!!!” Luquinha, o mala, disse-lhes: “Calma aí seus frouxos, ninguém viu a gente! Não vai nos acontecer nada!!! Ela morreu de susto! E daí?!... Vamos tirar a caveira dali e vamos embora.”
Feito leopardos esconderam os apetrechos do Demo e deitaram o cabelo...
Não demorou muito e a polícia chegou ao local. D. Julieta foi levada ao hospital, acordou do susto, foi medicada e falou: “Meu Deus o que era aquilo?! Eu preciso falar com o Padre Bento!... Era o Demo! Valha-me Deus!!!”
O médico e a enfermeira diziam para ela ficar calma porque na idade dela era normal ver coisa que não existe... Deram-lhe um calmante e a fizeram dormir até o dia seguinte.
A notícia ganhou a cidade que Dona Julieta tinha batido as botas... Os três capetas estavam assustados e escondidos nas suas casas.
O pai do Joãozinho disse para esposa: “Bem, Dona Julieta viu o capeta e morreu! Estão falando que o Demo veio buscá-la. Faladeira como é, não duvido nada... Amor, toma cuidado, viu!
- Tá louco, homem, eu não falo da vida de ninguém não!
O marido deu uma risadinha maliciosa e foi trabalhar.
O investigador de polícia fazia uma busca no local do crime e achou um chinelo de tamanho trinta três. Era a pista que tinha em mãos.
Chegou na delegacia e disse ao Delegado:
- Senhor, aqui está à prova do crime!
Dr. Clécio riu, e lhe disse:
- Quer dizer que o capeta esqueceu um chinelo e saiu correndo pro inferno! KAKAKAKAKAKAK (RIU TANTO QUE SE ENGASGOU...). Vá amolar outro, Cido! Tenho mais o que fazer nariz de Pinóquio! Cada uma que me aparece! Você não percebe que essa cidade está de perna pro ar... Se esse povo não melhorar Deus vai aniquilá-la assim como fez a Sodoma e a Gomorra.
O Investigador abaixou a cabeça e saiu chateado e pesou: “Vou pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó... Ateu eu não sou não, mas acreditar que isso é obra do Demo já é demais para minha inteligência.”
O Padre Bento assim que soube do acontecido entrou no terreno baldio e fez uma devassa, procurou por todo lado e achou a cabeça de mamão e a vela jogados debaixo dum pé-de-mato, e disse a si: “Eu sabia que não tinha diabo nenhum nessa história! Esse meu povo inventa cada uma! Perdoai-os ó Deus!!!”
Com a notícia da aparição do capeta a Igreja superlotou e o dízimo aumentou sobremaneira e o Padre ficou pensando se dizia ou não, no sermão, sobre a cabeça de mamão... Pensou... E, calou-se.
Os três capetas se reuniram e Luquinha disse:
- A velha não morreu... Com o susto desmaiou. Dona Julieta sairá do hospital hoje à tarde.
Pedrinho, o gaguinho, disse:
- Mas a polícia está investigando. O que nós fizemos é crime. Se a polícia descobrir quem fez isso, a cidade toda ficará sabendo... Nós vamos ser linchados!
Joãozinho, o nanico, disse:
- Eu sou coroinha, vou me confessar com o Padre Bento e vou lhe contar tudo. Se o meu pai souber disso vou levar uma peia, uma surra daquelas de tirar o coro.
Os dois amigos disseram juntos:
- Você não tá nem doido! O Padre nos mata!
Joãozinho:
- Eu tô com medo!
Os três amigos fizeram um pacto: “Nunca contariam sobre a caveira pra ninguém, levariam esse segredo para o túmulo.”
Joãozinho confidenciou: “Perdi um pé do meu chinelo, presente do meu pai, fui na data procurar e não achei. Temos que achar o chinelo logo.”
Os amigos não deram importância nisso e foram embora.
O investigador conhecia todo mundo da cidade, saiu de casa em casa perguntando se aquele chinelo pertencia a alguém daquela residência.
Luquinha ficou com os olhos estatelados ao vê-lo em sua casa perguntando à sua mãe se ela não tinha dado falta de um pé de chinelo.
Luquinha reuniu seu bando imediatamente e disse:
- Vamos roubar aquele pé de chinelo hoje à noite. Cido vai sempre jogar no Tunguete... Vamos aproveitar esse momento e vamos em sua casa buscar o pé de chinelo. Não tem outro jeito. Ou fazemos isso ou esse sujeito vai descobrir tudo.
O Delegado foi à Igreja e logo após a missa disse ao Padre Bento: “Padre o meu investigador tem uma prova cabal do malfeitor... Creio que dentro de poucas horas iremos elucidar o caso.”
- Meu filho, que prova é essa?
- Respeito-lhe demasiadamente Reverendo, mas isso é segredo de Estado, não posso dizer de jeito nenhum.
- Mas meu filho, eu sou o Pároco, pode me falar, vou guardar segredo... Quantas vezes você já se confessou comigo?!
- Padre Bento isso não é um pecado, é segredo profissional.
- Meu filho, eu lhe vi nascer, lhe batizei, lhe crismei, foi meu coroinha... Vai ter coragem de fazer isso comigo? Conta-me logo que prova é essa?!
- Conto não! Não posso!... O senhor pode falar sobre as confissões dos fiéis?
- Claro que não! Você tá doido, perdeu a cabeça. Jamais violarei o segredo do Confessionário. Exerço minha função com a fé em Deus e obedeço piamente com o que preceitua no CANON 1388 (1), que diz: O confessor que viola diretamente o sigilo da confissão incorre um sententiae (automática latae) excomunhão reservada à Sé Apostólica.
- Eu também não posso falar sobre essa prova! Não posso violar a confiança do meu investigador, estaria cometendo um crime.
O Delegado foi embora com a pulga atrás da orelha e pensou: “Por que tanto interesse do Padre nessa prova?!”
Paulinho viu seu filho descalço e lhe disse:
- Joãozinho, cadê seu chinelo? Já lhe dei de presente para não ver você descalço... Não ande descalço menino! Vá calçar o chinelo agora!!!
Joãozinho correu na casa do amigo e lhe pediu o chinelo emprestado, e Carlos lhe disse: “Mas você tem que me devolver logo, senão meu pai me dá uma surra se me ver descalço também.”
Pedrinho era muito religioso e naquele dia às dezessete horas resolveu se confessar com o Padre... Contou tudo e admitiu que estava com medo do investigador descobrir toda a história, porque seu amigo tinha perdido um pé do chinelo que ganhara de presente do pai.
Padre Bento pensou: “Mas Cido é ateu... Tenho que dar um jeito de calar a sua boca...”
O Padre arquitetou um plano e mandou o seu Sacristão chamá-lo, urgentemente... Rubens, o puxa-saco do Padre Bento foi à casa do investigador e disse-lhe:
- Cido, o padre Bento quer vê-lo, agora, já. Ele disse pra você ir lá, correndo, imediatamente, agora mesmo!
- Mas, que diabos o padre quer comigo? Num devo nada para Igreja... Nem em Deus não sei se acredito?!
- Não fala assim não rapaz! Deus é tudo e tudo é amor. O padre não tem diabo nem um. Vai logo e saberá. Quando o padre chama é como se fosse Deus nos chamando, né?!
- Fala pra ele que mais tarde eu passo por lá.
Dona Julieta visita o padre Bento e lhe diz: “Padre, eu nunca vi bicho mais feito no mundo que aquele. Era o Demo, o Demônio em pessoa!... Minha Nossa Senhora da Aparecida! Eu fiquei frente a frente com o Demo, Padre!... Eu já preparei uma novena. Vamos começar amanhã cedo... Padre, eu disse para os que me visitaram no hospital que se o Demo está nos visitando é porque estamos sem fé, é um sinal dos céus. Por isso vamos fazer a novena!”
Aquele acontecimento abalou a cidade. Nas ruas, nos bares, nas casas, nas roças, nas Igrejas, em todo lugar o boato corria solto: “O Demo está fazendo tocaia na nossa cidade!”
O Padre Bento ficou com a consciência pesada e pensou “Será que devo falar sobre essa história hoje na hora do sermão? Será que devo levar o assunto ao Bispo?!”
Dona Julieta foi rezar e depois foi para sua casa...
As Igrejas protestantes começaram a fazer cultos durante o dia todo. Até os ateus temeram... A cidadezinha pacata acordou... Era gente acendendo velas no Cruzeiro do Cemitério... Despachos nas encruzilhadas... Novenas... Enfim, os religiosos se mexeram de forma jamais vista naquele lugar. Em todas as Igrejas as oferendas aumentaram significativamente. O comércio de produtos religiosos vendia como nunca.
A palavra numa das Igrejas Protestantes era brilhante e dizia:

Ezequiel [Capítulo 28:13-18]

Tu estiveste no Éden, jardim de Deus ;cobriste de toda pedra preciosa: A cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até o dia em que em ti se achou iniqüidade. Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.

Mateus [Capítulo 4:1-11]

Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o Diabo o levou à cidade santa, colocou-o sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito; e eles te susterão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. Replicou-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o Diabo o levou a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então lhe ordenou Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram

E o pastor encerrava seu sermão dizendo: “Na casa do senhor não existe satanás, Xô satanás! xô satanás!”

O Investigador chegou à Casa Paroquial, adentrou, foi imediatamente atendido pelo Padre Bento que o levou ao seu escritório e lhe disse:
- Meu filho, eu lhe peço encarecidamente que pare com a investigação sobre a aparição do Capeta.
- Padre o senhor está me pedindo algo que não posso atender.
- Por que meu filho?
- Padre, eu quero pegar o desgraçado que fez isso com a minha avó. Ela quase bateu as botas... Tenho certeza que não tem nada a ver com coisa doutro mundo. Isso foi coisa de moleque, de vândalo; brincadeira de mau gosto... Se não fizermos alguma coisa para punirmos esse tipo de “brincadeira boba, idiota”, ainda vamos perder um ente querido. O senhor não acha?
- Meu filho, nem tudo parece o que é. Deus tem desígnios que só pertence a Ele. Veja o movimento da nossa cidade!... O povo voltou à igreja, voltou a ter medo dos castigos de Deus. Isso vai fazer a criminalidade zerar. Nunca se viu tanta reza por aqui. O povo voltou a temer a Deus! Os meninos e as meninas voltaram para o catecismo. O fervor da fé voltou a tomar conta da nossa cidade... Nunca vi você na missa. Falam que é ateu... Mas, pare com essa investigação?
- Padre Bento, eu sou agnóstico... Não estou lhe entendo! O que tem a ver uma coisa com a outra?
- Meu filho, eu sei que você é um exímio Investigador de Polícia, mas essa história não pode ir adiante. Pare de investigar... Essa história acabou fazendo um milagre por aqui. O povo voltou a ter Deus no coração. Isso não é bom?
- Padre, eu acho que o senhor está sabendo demais... Já descobriu a verdade?
- Não!!! Vieram me dizer que você anda perguntando nas casas se alguém deu por falta de um pé de chinelo.
- É verdade! Eu achei um pé de chinelo novinho em folha naquele matagal, local do medo. Vi muitos pisados por lá... De pés pequenos... E, cheguei à conclusão que tem mais de um moleque envolvido nessa tramóia. Padre, eu vou achar o criminoso que quase matou minha avó, custe o que custar!
O Padre franziu a testa, várias vezes, e pensou: “Vou ter que falar com o superior desse traste e pedir para que o transfira daqui.”
O Investigador foi embora e não hesitou em dizer para o delegado sobre a sua visita na Casa do Padre:
- Doutor, eu estou vindo da casa do padre...
- Que diabos você estava fazendo na casa do Bento?!
- Eu fui lá porque ele mandou me chamar... Estranhei, mas... O senhor sabe, Padre é Padre, enfim.
- E o que a Igreja queria contigo?
- Só faltou se ajoelhar pra mim Doutor... Implorou para eu parar com as investigações sobre a aparição do capeta.
O Delegado coçou seus poucos cabelos da cabeça e disse: “Aí tem coisa!” E disse ao Cido:
- Você me traga o pé de chinelo e me entrega ainda hoje.
- Doutor ele está aqui na minha mochila, pega!
- Então essa é a prova que temos?... Pois é, a partir de hoje em diante essa investigação é minha. Você está fora desse caso. Vai cuidar de descobrir quem roubou o Jumento do Zé, que ele está me enchendo o saco e até hoje você não descobriu nada.
O Investigador de Polícia sem ter o que dizer, simplesmente obedeceu seu superior e saiu à procura do ladrão do Jumento...
O Doutor Clécio foi ter com o Padre Bento cinco dias depois e disse:
- Padre eu tenho a prova do crime aqui em minhas mãos e já descobri tudo. Vou prender quem fez isso.
- Doutor Delegado o senhor tem o quê em mãos?
- Eu tenho o pé de chinelo.
- Pé de chinelo!!! O que isso tem a ver com a aparição do Capeta?
Padre, isso tem tudo a ver! É a prova que não existe Capeta nenhum, isso provavelmente foi armação de quem não tem o que fazer na vida e fica assustando as pessoas de bem.
- Esse chinelo não prova nada. Qualquer pessoa pode ter ido naquele matagal e o esquecido.
- Será Padre?!
- Claro meu filho!
Padre, o senhor está muito interessado no encerramento dessa investigação, por quê?
- Não meu filho, eu não estou não! Mas, se você pensar bem, depois que viram o Capeta, a cidade melhorou muito. A Igreja não cabe de tanta gente nas missas. Não se falou mais de roubos, mortes, vadiagem, etc. Nunca vendeu tanto produto religioso como agora. Pense no sossego que nossa cidade vive hoje!
- É Padre Bento, pensado por esse lado o senhor está coberto de razão. Minha delegacia está um deserto, nem um B.O, nem de briga de casal. Nunca vi tanta calmaria em nosso Município.
- Então, pra quê elucidar esse episódio? Deixa o povo pensar que o Diabo está de olho bem aberto e bem pertinho de cada um.
- Mas, Padre Bento, o Capeta não anda de olhos arregalados pra todo mundo mesmo, doido para tomar conta da nossa alma?!
- Sim... Mas essa já é outra história...
O Delegado deu o pé de chinelo para o Padre e deu o caso por encerrado.
O Padre chamou Joãozinho e lhe deu o pé de chinelo e lhe disse: “Vê se não o perde mais...”
Os três capetinhas voltaram a participar assiduamente de todas as missas e a ajudar o Padre no catecismo.
Toda vez que o povo fraquejava, desanimava, deixava de ir à missa, a aparição do Capeta era automática.

Osmar Soares Fernandes

Foto de MarioC

Já alguma vez tiveste medo...

Já alguma vez tiveste medo…
De olhar-te no espelho,
Descobrir que não te conheces,
Veres que já estás velho,
E que não és quem pareces?

De amar alguém de verdade,
Morrer sozinho no meio do nada
E nem sequer deixar saudade,
Pois só percorreste metade da estrada?

Já alguma vez tiveste medo…
Que um medo teu se realizasse,
Ou a vida te pregasse uma partida,
Uma linda donzela roubasse
Teu coração e a tua vida?

Porque todos nós temos medo…
De ficar sozinhos no mundo
Do que conhecemos, e do desconhecido
Não darmos o nosso melhor, pois no fundo:
Todos somos pessoas
E todos nós temos um segredo
Mesmo que más, ou boas
Tememos enfrentar o medo.

Foto de carmencunha

AVE-AVIÃO

ARTÌFICE APARELHO AÉREO
AVE, AERONAVE, AVIÃO
ÁGUIA ALTIVA ALCANÇA AS ALTURAS.
AERODINÂMICA APRIMORADA
ASSEMELHA-SE A ARABESCOS,
ADORNANDO ARTISTICAMENTE A ATMOSFERA
APTO APROXIMAR ACASOS
ABREVIA AUSÊNCIAS, AUXILIA AMORES
ADEQUADO,ACOLHE,ACOMODA
AVE-AÇO APRUMADA.
AVANÇA A ANDARINA AÉREA.
ÁPICE, AVIADOR AJUSTANDO ESPAÇOS
AEROMOÇAS AUXILIAM AS ATIVIDADES.
AQUIETAM ACOMPANHANTES ATERRORIZADOS,
ATENUAM ANGUSTIA ANSIEDADES,
AVE, AVIÃO, ANDARINA
AQUI, ACOLÁ...
ARTE, ATENÇÃO AO ATERRISAR.
ACELERA, AGITA AS ASAS,
ACENDE, APAGA AVE-AÇO
ANÚNCIA ACESSO AO AEROPORTO.
APLAUSOS, ALEGRIA, APERTADOS ABRAÇOS.
ASSIM ACABA AQUELA AVENTURA ALADA!

Foto de Felipe Ricardo

Devaneio

De antigas tristezas vou te escrevendo
Isto colocando em cada palavra os meus
Antigos e esquecidos prazeres de outra
Vidas de outros tempo onde apenas a

Minha lacerada memoria se faz de foma
Angustiante cativa a estes meu antigos
Erros que sempre de maneira sorratera
Vem a minha atual vida fazendo dela um
Banquete para a senhora tristeza que
Com olhares sinceros procura sempre as
Minahs mais sitis felicidades para com elas
Brincar e depois devora-las em tristes devaneios

Mas de repente lembro-me de voce menina
Lembro do dia que te conheci e no dia que
Começei a te amar e a ti escrever estas minhas
Minhas feliciadades e logo esqueço de ser triste [...]

Foto de Diego Nobre

Expirar

No silêncio atmosférico, no âmago existencial de minha alma
Há esse corrupto medo da penada circunstância colateral
Uma germanidade transcendental embutida como um parasita
Visão terrifica de algum ponto pretérito de minha vida recorrente
Um fantasma colossal que eficazmente sufoca minha contínua vida
Prevejo meu descanso coberto por súplicas em me livrar
De uma vida evanescente e perturbadora “loucura”
E neste dia fecharei meus olhos irrevogavelmente!

Por: Diego Nobre
em: 04/08/2009 as 02:54

Foto de dianacardoso

Assombras o meu ser

Tu no meu pensamento,
Não passas de uma visão,
Que aparece,
E desaparece,
Rapidamente…

Que muitas vezes
Me assusta,
Muitas vezes,
Sinto desprezo,
Infelicidade…

Tento adormecer,
Mas sem medo,
Nunca consigo,
È assustador…

Quantas vezes penso,
E pergunto,
Quem serás tu?
Que queres de mim?
E grito,
Desaparece!

Sofrer?
Não,
Não posso ter medo de ti,
Vou ser forte,
E resistir,
Até ao fim…

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