Fruta

Foto de Moisés Oliveira

Desculpa Perfeita

Toda a dúvida que teu olhar planteia, me rouba da escassa vontade de agir.
Busco em você a desculpa perfeita, um abraço, quiçá um beijo, ou mesmo um simples sorrir.

A você nunca faltou beleza, a mim nunca faltou vontade. Bordes o casulo aue faz a mulher.
Entre encontros sem hora marcadas ou chás pela tarde, sem querer você diz o que quer.

Quero o suco da fruta que te tira o sono, não vejo a hora de poder provar.
Se te peço o que quero agora, não sei se está pronto, é um fim antes de começar.

Todo pensamento que parece solto, em verdade se une ao todo, formando você,
Para pensar em sintonia, não me falta orquestra, me basta te ver.

Foto de Moisés Oliveira

Desculpa Perfeita

Toda a dúvida que teu olhar planteia, me rouba da escassa vontade de agir.
Busco em você a desculpa perfeita, um abraço, quiçá um beijo, ou mesmo um simples sorrir.

A você nunca faltou beleza, a mim nunca faltou vontade. Bordes o casulo aue faz a mulher.
Entre encontros sem hora marcadas ou chás pela tarde, sem querer você diz o que quer.

Quero o suco da fruta que te tira o sono, não vejo a hora de poder provar.
Se te peço o que quero agora, não sei se está pronto, é um fim antes de começar.

Todo pensamento que parece solto, em verdade se une ao todo, formando você,
Para pensar em sintonia, não me falta orquestra, me basta te ver.

Foto de Arnault L. D.

Livro

Quando um livro chega ao fim
ele abre-se na mente
a pagina final não fecha em nós
ele permanece aberto
feito semente, vindo a brotar
quiçá uma florada e depois
ao tempo a fruta do saber
no amadurar, doce, da saudade...

Quando a pagina final
debruçar sobre a penúltima
certeza um sentido vou querer
embora nem sempre o encontre
e diversas vezes as palavras
se calam por calarem-se em mim
e outras calaram-se de mim,
declamaram somente aos olhos

Mas em essência as levarei
mescladas feito em simbiose
tantas linhas que somei as minhas
enraizadas... vida enxertada
a soma germinar um novo grão
livro, arvore, será sempre aberto
em cada vez que eu buscar
palavras que li, de seus versos

Quando encerrar o livro
serei dele mais uma pagina
das historias de muitos momentos
que irei rever nos pensamentos
reler por minhas memórias, as suas
tomo inteiro que ficará aberto
impresso, de mim a se encadernar
Os “poemas de amor” que irei guardar.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 11

Outro dia eu estava andando pela rua, e vi um monte de coisas que nada me acrescentaram. Eu vi uma mulher cega, andando com uma bengala. Vi um oleiro fazendo um pote. Um macaco pulando de galho em galho. Um barco com duas pessoas, num rio sinuoso. Uma casa muito engraçada, com seis janelas. Um casal se abraçando, não sei se amavam, mas abraçavam. Um homem que foi atingido, um homem dramaticamente atingido, com uma flecha no rosto, uma brutal sensação. Um bêbado com uma garrafa, seu desejo, vontade indefinitiva. Um homem com uma fruta, uma maça, uma pera, sei lá, o cara estava apegado com uma fruta vulgar e substituível. Uma mulher grávida. Uma mulher dando a luz. Uma pessoa carregando um cadáver. Uma roda. Três venenos. Seis reinos. Um vai e volta que encarnava e desencarnava até dizer chega.
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- Eu sou a Discórdia. Eu não vim para explicar nada. Eu simplesmente aconteço. Eu sou também a vida, às vezes, pelo menos na parte ruim dela quando você está meio sem sorte, ou quem sabe, quando está muito bem. Eu também sou o cara que passou uma porção de coisas sem precisar e agora fica resmungando ao mundo as nossas verdades desnecessárias, como se as necessidades também não passassem com o tempo. Eu moro com a minha mãe, mas meu pai vem me visitar. Eu moro em qualquer lugar.

Eu sou o Dimas, nessa história. Mas na vida real eu sou pior. Eu sou um sonso. Eu sou um cínico que finge saber o que preciso e descartar o que não quero. É claro que tenho qualidades. Tudo depende do ângulo no qual se enxerga as situações. Ser ruim é uma qualidade? Até onde você vai para ser feliz? Engana-se você que ao ler isso pensa que eu falo de respostas. Esse é uma história de perguntas. Habilita-se em respondê-las? Eu até responderia, mas prefiro te provocar. É o que você faz sempre também, mas não admite. Eu estou ganhando tempo me perdendo em continuar, cada inspiração e cada expiração é uma declaração ao mundo que estou aí e vou persistir, enquanto for possível, ou aceitável. Recorda o que te disse e você nem percebeu.
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- Clarisse, eu vou aproveitar que você está fingindo que está me escutando e te falar tudo o que sinto. Eu vou te fazer a maior declaração de amor que você já recebeu. Eu farei como Dante, com menor qualidade, mas não menos paixão. Eu vou contar tudo o que ocorreu sem mencionar o seu nome. Eu vou dizer como você, como os outros são, vou rasgar o verbo sobre tudo o que me está sufocado. Se você gostar mais do que o maldito te disser, azar seu. Se repercutir, ótimo. E quando tudo acabar, eu vou embora sem explicar nada. Eu vou ser feliz com o pouco que me cabe nesse latifúndio. É como eu sempre faço e como a vida sempre acontece. Que se dê o drama!

E você não me rendeu nenhum milésimo de atenção. Fez bem. Se prestou nota nesse momento, lamento.
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- Eu vou ficar aqui.

- De toda forma vou embora.

- E ela?

- Fica comigo até se cansar e procurar outro cara.

- Eu não me importo.

- Eu também não.

- Eu não sou má. Eu fiz apenas o que era o melhor.

- Fico feliz por você.

- Eu também te amo, de certa forma.

- Isso é você que está dizendo.
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Nós somos jovens. Enquanto estamos vivos somos jovens. As possibilidades de se estar vivo são infinitas. As fichas não acabaram. As fichas não acabam até se estar morto. O que interessa não é se eu vou te amar para sempre ou até a próxima esquina, mas sim o encontro das almas que acontece nessa realidade, a pele que se inflama com os impulsos elétricos e quase enigmáticos do amor e da consciência, os mistérios da fé e da religião, da profanidade, do brilho do seu olhar.
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- Esse traste vai logo ou não vai?

Chegará enfim o último capítulo.

Foto de Arnault L. D.

Um pouco além da estrela

Eu a procurei a um passo atrás,
num sempre assim, sempre quase,
entre as palavras e canção
que na surpresa vem, lhe trás,
num tema, um nome, uma frase
que reverbera ao coração.

Busquei nas horas tardias
nas quais só a mudez lidava,
a distância a medir nos astros,
saltando as estrelas, frias...
Pousei na Lua que passava
pelo carvão do céu sem rastros.

Em meio a noite eu fervo,
de uma febre que me arde
e deliro, eu, seu amante...
Beijo o seu beijo... O nervo
exposto do sentir já tarde,
a dor de lhe amar distante.

Banhado por gotas de suor,
sou molhado de sal no calor
e por meus olhos, marejados,
confundo o gosto deste amor
ao da lágrima, do mar, sabor
do beijo, e do choro, somados.

Mas, a procurei assim mesmo,
no mel esparso da fruta azeda,
na pouca visão da madrugada,
e no sol, que me cegava a esmo.
Na entrelinha e folha perdida,
na pauta em branco inacabada...

E se o deserto me convide
buscar em miragens, e no nada.
Trarei na areia, riscar seu vulto.
No delírio, oásis, uma vide...
vinho doce à uva fermentada,
clara faz sua sombra, no oculto.

Foto de Moisés Oliveira

Hora certa

Qual será a hora certa de se amar um outro alguém?
Te amar é o que conheço, nunca amei mais ninguém.

Se outra disser que me ama, como devo reagir?
Amor não se cria sozinho, ambos devem sentir.

Quando o amor acabou, esqueci o sentimento,
ele era fruta madura, prazer de um breve momento.

Agora que o tempo curou, mudei minha opinião,
o amor não esqueceu de mim, voltou pro meu coração.

Pra hoje dizer que te amo, talvez precisasse mentir,
amor esquecido no canto, deixa um dia de existir.

Foto de Maria silvania dos santos

È prazeroso

È prazeroso

_ Sei que muita gente, principalmente os homens, não irão gostar do que estou a sitas, desde de já peço desculpas, pois é apenas uma opinião pessoal...
Um homem nunca deveria dizer comer uma mulher, pois mulher não é refeição, mulher também tem um coração...
Para ser uma palavra mais suave e mais explicita ao que deseja, então porque não dizer a possuir?
Mulher quer carinho, e ver-se que já se começa pelas palavras...
Comer, respeitando a opinião de qualquer que opine assim, dizendo a minha opinião própria, comer se transforma em uma palavra vulgar, pesada e sem valor, é baixa moralidade inferiolisando a realidade feminina, é como se fosse uma mercadoria , quem sabe uma fruta, que você come enjoá e joga o resto...
Por outro lado, Ninguém deveria dizer fazer amor, quando se trata de sexo, pois sexo é ação e amor é sentimento...
Sexo é apenas um complemento do amor quando o amor se divide a este lado...
Pois sexo sem amor, é diversão com a moralidade, é algo que usa e descarta...
E o amor antes do sexo, transforma -se tudo em mágico sentimento, é algo sigiloso, prazeroso, respeitoso, é tudo muito mais gostoso...

Autora; Maria silvania dos santos

Foto de Rosamares da Maia

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO

DECÁLOGO DE UM AMOR NO DESERTO
Um amor que sobreviveu as diferenças e contradições.

I

Vivemos como o vento errante do deserto
Construindo, revolvendo e desfazendo as dunas.
O ar é quente, sufocante, irrequieto e apaixonante.
Desperta a minha emoção, tomando os meus sentidos.
Tocando-me por inteiro, arrebatou-me a alma,
Virou-me do avesso e colocou-me em sua palma.
Mas, era vento e partiu. Invadiu-me a solidão.
Eu, deserta e plena de ti, embora antítese do teu ser,
Das incertezas do desejo e medo de amar.
Pacifiquei meu ser, pois meu amor amava ao vento.

II

Um perfume vem do deserto, está por todo o ar,
Nas dunas escaldantes por onde andas e transpiras,
Está o teu cheiro - o cheiro do meu homem.
No sussurrar do vento posso ouvir a tua voz.
Lembro o encontro da minha boca com a tua, de sonhar,
E a vida real? Somente promessas em território hostil.
Negando evidências, vivemos o que desejamos sentir.
Ignorando a verdade, tornamos surreal nossa vida.
Lembro a dor e da saudade, de sussurrar em oração.
Preces, solidão e areia quente - preces da tua boca ausente.

III

O vento trás de volta meu ar – o meu Califa.
O vento que em sua companhia fora guerrear,
Agora trás meu homem, mais moreno e magoado...
Vem curar suas feridas, recuperar o brilho do olhar.
Sonho e creio que finalmente voltou, agora é meu.
Amamos na areia quente, também em sua tenda,
Entre as almofadas, luxuria em panos de seda.
Inebriados pelo ópio, essências de mirra e benjoim,
Entre pétalas de rosas, tesouros em jóias pilhadas.
Serei eu somente mais uma entre suas as prendas?

IV

Soçobrou outra vez o vento do deserto – ele se foi.
No meio da noite, d’entre almofadas e sedas, roubou-me.
Dos meus braços partiu – Não podia! Era meu, só meu.
Amaldiçoei suas batalhas sem compreender as razões.
Neguei meu desejo, maldizendo a vida. Fiquei deserta.
Minh’alma não é mais minha, também parte, se esvai,
Galopa no dorso do seu árabe a minha vida - ao vento.
Deixo-a para morrer com ele, se tombar em batalha.
Não mais me pertence. Submeto à sua barbárie milenar
Meu frágil e multifacetado mundo ocidental, desmoronado.

V

Tudo que vivemos foge ao meu entendimento.
Seus cuidados, suas ordens, mesmo os seus carinhos,
De certo me quer cativa dentre os seus tesouros.
Como se cativa espontânea não fosse. Amo-o sem pudor.
Novamente ouço o vento que traz o odor das batalhas.
No espelho, vejo seus olhos negros, a mão brandindo a espada,
O semblante altivo de comando o torna cruel.
Seu mundo não é o meu, tudo nos confronta e agride.
Sinto frio e dor. Meu corpo tem o sangue das suas mãos.
Agasalhada em sua tenda, sufoco entre lagrimas e incensos.

VI

Pela manhã fujo, vago errante entre as dunas,
Quero sucumbir nas areias da tempestade anunciada
O sol é escaldante. Quem sabe uma serpente? – Deliro.
E delirando sinto o vento. É sua voz – quente.
Sinto a sua boca que me beija e chama – agonizo,
Na febre ultrapassei o portal de Alah - quero morrer.
Vejo-te em vestes ocidentais – como uma luva.
Olhando por uma janela, de horizonte perdido.
Não há delírio, não é morte – Desperto no Ocidente.
Reconheço-me neste ambiente – a mão para a luva.

VII

Aqui o vento é frio, sem motivos é inconseqüente.
À areia banha-se por mar fértil, de sol brando e casual.
Não brota a tâmara nos oásis, para colher a altura da mão.
Será fácil esquecer a claridade das dunas quentes?
Mirra e benjoim exalando, almofadas e panos de seda?
Não fazemos amor nas tendas, no sussurro do vento quente.
No Ocidente fazemos sexo em camas formais, monogâmicas.
Homens possuem concubinas ilícitas e, não é bom amar a todas.
Sempre há cheiro de sangue no ar, sem batalhas declaradas.
Não nos orientamos pelo sol ou estrelas – estamos perdidos.

VIII

Eis meu mundo que corre de encontro ao teu,
Desdenha das diferenças, da antítese de nossas culturas.
De Oriente e Ocidente, da brisa do mar e do vento do deserto
Teu amor violentou as tradições para devolver-me a vida.
Aqui também estas ao sol, mas tua pele morena é contradição.
Há perfumes sofisticados, frutas, panos e almofadas de seda.
Não há o trotar do teu árabe, vigoroso, mas a ti cativo,
A mirra e o beijoim não cheiram como em tua tenda.
As tâmaras são secas e raras. Não está a altura da mão nos oásis
Meu amor violentou tuas tradições – em ti, a vida se esvai.

IX

Teus olhos vivem em busca de um horizonte distante,
Perdem o brilho do guerreiro que fazia amor nas areias.
Ama-me com um amor ocidental, sem paixão, comedido e frio,
Não há paladar da fruta madura em tua boca, ou o frescor da seda,
Tua alma quer o vento quente do deserto, escaramuças e batalhas.
Muitas esposas entre almofadas e sedas - o mercado das caravanas.
Aqui existem muitos desertos de concreto, janelas inexpugnáveis,
Batalhas invisíveis e diárias, nem sempre com armas nas mãos.
Mas a língua dá golpes certeiros, tiros de preconceitos mortais.
Meu amor em ti morre, sucumbe ao vento frio da tua solidão.

X

Teu amor ensinou-me a ser livre. Como negar o vento do deserto?
Aprendi a ter a companhia das dunas, sempre mudando de lugar,
O deserto deu-me um homem para amar nas tendas nômades,
Mostrou-me a lógica das batalhas e como perguntar por e ele ao vento.
Ensinou-me a sorrir com o brilho dos seus olhos simples e negros,
Meu corpo está acostumado com o toque quente da sua pele morena.
Novamente fugi - do meu deserto. Temi tempestades e serpentes,
Supliquei a Alah, para que em sua misericórdia houvesse vida,
No ar, um doce perfume de benjoim, na pele, o delicado toque da seda,
Meu Califa ama-me com o gosto das tâmaras maduras – e vai guerrear.

Rosamares da Maia
2005/ JAN/2006

Foto de WILLIAM VICENTE BORGES

HOJE QUANDO OS CAVALOS ME ACORDARAM

HOJE QUANDO OS CAVALOS ME ACORDARAM
Por: William Vicente Borges

Hoje quando os cavalos me acordaram, abri a janela e a neblina ainda tomava contas dos campos. Vinha da cozinha o cheiro do café quentinho, eu respirei fundo para sentir todos estes ares da vida. Todos estes cheiros da felicidade. Tomei uma ducha quente e relaxante, barbeei-me, usei minha colônia preferida, aquela que não me arde o rosto. Vesti-me com uma roupa feliz e fui em direção a você que torrava os pães, abracei-a por trás e senti teu perfume de mulher carinhosa. Beijei teu pescoço, você se virou ainda com as mãos na faca de manteiga, e beijou-me levemente os lábios. Sentamos os dois na mesa bem posta, com queijo de Minas, o café, o leite os pãezinhos. Mas sinceramente só queria mesmo ficar olhando pra você a manhã toda.
Hoje quando os cavalos me acordaram, o dia parecia perfeito, e era perfeito, não há dias imperfeitos com você por perto. Ajudei a lavar os copos após o café e peguei você pelas mãos e fomos caminhar, neste nosso dia de preguiça e amores. Fomos em direção a ponte sobre o ribeirão, quantos poemas nasceram naquela ponte, todos para você, todos por você. Paramos um pouco sobre a ponte e a água passava veloz sob nossos pés, o tempo também passou veloz sob nossos sonhos. Agora não quero e nem desejo que o tempo corra, quero que ele pare, quero continuar mirando teus olhos que me miram e que me dizem de forma veemente que sou o homem da tua vida.
Hoje quando os cavalos me acordaram, senti que meu coração batia tranquilo, senti que quando a neblina se dissipasse ante o calor do sol, o céu se mostraria mais azul que nunca. Saímos da ponte sobre o ribeirão em direção ao pomar, ao pomar que meu avô plantou e que quando eu era criança me presenteou com os gostos mais doces desta terra, como o gosto da laranja, com o gosto da jabuticaba, com o gosto do pêssego, com o gosto do cajá, com o gosto do maracujá. Mas em você, minha amada, neste pomar de paixão, descobri o gosto mais doce, da fruta mais doce, do beijo mais doce, da certeza mais doce, dos momentos mais doces, dos sonhos mais doces dos sentimentos e emoções mais doces que um homem podem experimentar na vida.
Hoje quando os cavalos me acordaram, não me parecia que seria mesmo um dia qualquer, um dia para apenas ser vivido. Saímos correndo do pomar, eu te puxando pelas mãos te levei até o jardim que vovó plantou e mamãe regou, escolhi a rosa amarela que tanto gosta coloquei em teus cabelos que são feitos de fios de ouro. Quando coloquei a rosa, seu rosto que já brilhava, brilhou ainda mais. E eu derramei involuntariamente uma lágrima salgada, uma lágrima de alegria de poder olhar para a imagem mais bela do universo. Abraçou-me como quem abraça a esperança e eu não queria mais larga-la, quando finalmente deixamos de abraçar, a neblina da manhã havia de todo se dissipado, e como imaginava o céu se mostrou de um azul lindo e profundo.
Hoje quando os cavalos me acordaram, não pude explicar toda a alegria que me cercava e o sorriso que abundava em minha face, mas agora enquanto voltamos para a casa da fazenda e você correu um pouco a minha frente a fim de pegar mais uma rosa, descobri que o meu dia de alegria começou bem antes, antes dos cavalos me acordarem, este dia de alegria começou a algum tempo atrás. No exato dia em que me disse que me amava e que seria minha para sempre.

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Primavera de 2007

Foto de Arnault L. D.

O perfume da lembrança

Se os meus olhos fechar
e concentrar-me em solidão,
seu perfume faço brotar,
tal flor. fora da estação...

Como se estivesse ao lado,
mas, sinto que de algum jeito
no fundo do olhar cerrado,
vejo dentro de meu peito.

O perfume da lembrança,
o gosto do beijo que dei.
Doce fruta na bonança,
que hoje é temporã eu sei.

As vezes, flora no frio...
Contra as regras de rebento.
As vezes, chove no estio,
junto ao sol, por um momento.

Raros e breves instantes,
dos olhos fitando o interno.
De sentir aqui, como antes,
o olor das rosas no inverno...

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