Palavras Que Matam
Há palavras que nos maltratam
ferem como se fossem punhal,
palavras gritadas e impensadas
num desamor e desespernaça,
de imenso rancor, de desespero
louco.
Palavras cruas que machucam,
de um negror tal qual a noite,
palavras com sabor de fel
que erguem muro de desgosto.
Palavras sem o tom colorido
do bem querer, inesperadas
e sem a poesia das flores,
do canto de amor,
do riacho de águas claras
correndo em solo fértil.
Quero esquecer a quem amo,
seu nome o jogarei ao vento
e distraidamente não mais pensarei,
não mais chamarei por ele.
Palavras que são rudes não quero mais
não quero palavras vexatórias nem insultos,
não quero palavras com o negror da noite,
prefiro o silêncio dos mortos!
Marta Peres