saudade

Se eu pudesse
encontrar com a saudade pessoalmente,
bateria na cara dela só para te dar um abraço!

Homenagem de seus filhos para um Pai maravilhoso
Pai hoje faz 30 dias que você partiu
Parece uma eternidade
Nunca fiquei tanto tempo sem ti ver
Não tem como esquecer um Pai como você
Sempre atencioso preocupado e zeloso
Criou seis filhos amou todos por igual
Nunca deixou nada falta
Nunca houve diferença
O que era pra um era pra seis
Tinha prazer em nossa companhia
Eu percebia que nossa presença
Te dava alegria
Agora precisamos aprender, a viver sem você
Isso foi a única coisa que você, não nos ensinou
Pai para seus filhos você não morreu
Por que cada filho é uma parte de você
Você fez de nossos corações sua moradia
Saudades eternas
Te amamos Pai

Autor Marcos Paulo Alves Simões
Em homenagem a seu Pai
Carlos Simões Sobrinho

Sinto carência de vozes,
risos estridentes a contagiar
ou mesmo de choros e gritos
na calada da noite para agitar.
Carência de gente para namorar,
trocar uns afagos e carinhos ousados.

Andar nas calçadas, contemplar o luar,
perceber em qual fase a lua está
e no brilho de estrelas me perder, me achar,
descobrir que uma delas já mudou de lugar...
De repente deixar a saudade adentrar,
preencher o espaço de quem não vai voltar .

Entrar num boteco, beber a cerveja
que há tempos atrás ficou esquecida,
rever os amigos, fazer poesia,
cantar e dançar, cair na boemia.
Ver gente, tocá-la, beijá-la enternecida,
Liberar sentimentos sequestrados por máquinas
que amargam a doçura da vida de outrora,
e roubam a magia que necessito agora.

_Carmen Lúcia_

(Des)compromissada com nada,
tudo era diferente, indiferente,
tempo que alegrava a gente, inocente...
A dor que só fazia cócegas...
Dor de barriga, dor de dente,
vontade de ganhar presente...
Roçava fábricas de lágrimas
que debulhavam intermitentes.
(Não contundentes, só aparentes.)

Tornou-se mais aguda, irreverente,
a dor e amor de adolescente...Adoles(sente)!
Ao mesmo tempo, ri e chora...
E a palidez da face, de repente, cora.
Muda a estação, no coração, a toda hora,
em desarmonia com as estações lá fora...
Em sintonia com as sensações da alma,
revoada de emoções que aflora e refaz,
guerra de hormônios que não quer a paz.

Uma nova fase, que não é da lua,
traz os sentimentos de uma alma nua
e na transparência, busca a essência
de um amor maior, de um amor maduro.
E se a dor vier bater a sua porta...
Nada mais importa! Dane-se o mundo!
O sofrimento é muito mais profundo.
E as fases da lua se fundem, se liquefazem
em lágrimas corrosivas rolando pelas faces.

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
09/10/2008