Quando o Sol levanta a aurora,
sua luz aos poucos se alastra,
a brisa da manha leva embora
as ultimas estrelas, que afasta.
Aos poucos, desperta os passarinhos,
nas copas vai somando-se o cantar,
na musica que brota de seus ninhos,
no ritmo a saudar... Ao sol raiar...
Sopra o vento, ramos, carregados
de canções que as folhas faz assoviar.
Orquestra de “bom-dias”, acordados
na chegada do astro rei, a levantar.
Mesmo noutros corpos, ou lugar,
a vida pode repetir o amanhecer.
Mesmo sendo diferente o espelhar,
a arvor'inda guarda o alvorecer...
É o mesmo vento a vir acordar,
movimenta as folhas de seu galho
e a ave, ali pousada, vem cantar.
Ao sol raiando a aquecer-lhe o orvalho...
Traz no elevar-se, uma luz que acesa,
acorda a musica, pousada... Escuta...
Veja, há pássaros cantando na certeza
de um maestro a levantar-lhe em batuta.
É o mesmo galho que se agiganta,
e corta o vento, orquestra em bando,
como fosse o pássaro acorda e canta.
Espelho magico da aurora começando.