Meus amigos prestem atenção nessa história
Que um dia um Bobo da Corte contou
Ele dizia que era o preferido da Rainha
E que iludido, por ela se apaixonou.
Esse Bobo da Corte cantou versos de amor por ela
Fez poemas que onde falava de sua grande paixão
Todos riam dele e o pobre coitado nem notava
Que para a Rainha ele era apenas diversão.
Em sua fantasia o Bobo da Corte nunca esperava
Que a Rainha, com seus sentimentos estivesse a brincar.
Afinal ele era puro e inocente nas coisas do coração
Que tudo era mentira, o coitado não podia imaginar.
E quando a Rainha se cansou da brincadeira
E disse que o Bobo da Corte este era pretensioso ao supor
Que uma Rainha tão bela, carismática e faceira.
Fosse realmente dar a ele o seu amor.
O Bobo da Corte não acreditou e chorando,
Fugiu do reino levando consigo marcas de seu tormento
E nas noites ao longe todo o reino ouvia
Um cântico dolorido que mais parecia um lamento.
Depois desse dia ninguém mais viu o Bobo da Corte
Embora nas noites escuras sua voz pudesse ser ouvida
Que sendo levada pelo vento, atravessou mundos distantes,
Indo acordar uma Fada que de saudade vivia adormecida.
Essa Fada se apaixonou por aquela voz tão triste
Que saiu voando em sua direção para encontrá-la
E quando se deparou com o Bobo da Corte se fez a mágica
Pois o Bobo da Corte ficou apaixonado ao olhá-la.
Assim ele pediu a Fada que lhe concedesse um desejo
E que transformasse sua dor e seu lamento,
Em algo que lembrasse a todos sua dor
E ela o transformou em brisa... em vento.
Assim hoje quando ouço o vento lá fora
Eu me deixo por ele ser acariciada
Pois sei que essa é uma história como a minha
De alguém que muito amou, mas não foi amada.