fantasia

Foto de pttuii

Portugal carece de alienação (atrevimento dramatúrgico)

Para sempre, ou o esforço inglório de tornar portugal num país que reflicta a luz em dia de excessiva humidade.

Acto único.
Cena única.
Dois simples homens. Um florete por afiar. Uma vontade inalienável de fazer algo de bom pelo mundo, indeterminada entre os dois sujeitos. Pós primeira refeição do dia, problemas de espírito num dos indivíduos. Tradução: dores na boca do estômago.

1.º homem:
Caso o amigo um dia me achar boa pessoa, aperte o nariz do cão que cria desde cachorro. Quero vê-lo, a si, a sofrer tanto por um insulto gratuito.

Coro invisível, que o autor introduz para dar um sentimento autofágico de tragédia grega à cena.
- Mata, mata. O dia só é dia quando a morte se passeia pelos intervalos da chuva. E não tarda está a cair uma borrasca.

2.º homem (portador das dores de estômago)
- De somenos importância amigo. Não tenho créditos bancários, recuso-me a dar alvíssaras a quem mas pede, e não tarda vomito.

Chove. Mas chove tanto, que dois homens que se desprezam continuam a desprezar-se, mas começam agora a pensar que o auto-desprezo pode ainda ser mais forte do que a ideia de começar a odiar alguém de morte.

1.º homem:
- Mesmo assim, quero vê-lo a sofrer. Acho que o senhor me insulta diariamente, e é assim: Dois mais dois continuam a ser quatro. Só que honra, eu como-a a todas as refeições do dia.

Coro, que a cena é portuguesa, e como tal não tarda é hora de comer outra vez:
- A nós, a nós desavindos senhores. Navegar é preciso, porque à falta de melhor jargão, resta o que temos tatuado nas nossas peles invisíveis.

Parou de chover. Não faz mal, porque a cena acabou. Desmonta-se o cenário pré-crime, porque na realidade viver em sociedade são sempre coisas que nunca ninguém percebe.

2.º homem:
- Fica-se sempre com a sensação de que as pessoas não gostam de nós só porque um dia lhes pusémos o pénis dentro de um copo de água no restaurante mais caro da cidade. Mas não faz mal. Eu sou estupidamente resistente ao que é pusilânime.....

Foto de Sonia Delsin

A CASA MISTERIOSA

A CASA MISTERIOSA

Aquela casa a assustava. Diziam que era assombrada.
Ela dormia no quarto do meio e ele era imenso àquela hora e tão frio. A casa estava gelada.
Tantas lembranças ela guardara daquela casa e agora estava lá. Quem diria que um dia voltaria?
Na parede os quadros ainda eram os mesmos de sua meninice. Os vasos agora vazios estiveram cheios outrora sobre móveis escuros e tristes. Pesadas cortinas também foram conservadas.
O tempo parara ali?
Precisava levantar-se um pouco.
Em dois tempos ganhava o corredor. O longo corredor onde corria com seu irmãozinho Marcos e Paulina, a prima que vivia com eles.
Lentamente Clarice descia as escadas. Degrau a degrau e respirava fundo.
A sala guardaria aquele aconchego? Poderia ainda acender a lareira?
Tropeçou num degrau e respirou ainda mais profundamente.
Um barulho no andar superior fez seu coração disparar.
Sabia que estava só. Seria o vento? Mas a noite parecia tão quieta lá fora.
Lentamente colocou o pé noutro degrau e a tabua rangeu.
Nada demais. O cunhado sempre dizia que casas antigas são cheias de sons.
Ela perdera Bruno numa noite tão chuvosa. Treze longos anos tinham se passado. Exatamente treze anos.
Parecia ter o seu lindo sorriso ali à sua frente. Bruno fora um esposo maravilhoso. O homem que toda mulher deseja encontrar. E ela o encontrara num daqueles bailes de fazenda que se promoviam por ali. Será que ainda existiam aqueles bailes?
Não tiveram filhos. Pena. Se tivessem tido poderia ter o sorriso do pai.
Quando colocou o pé no penúltimo degrau viu uma sombra na parede. Seria uma ilusão de óptica?
Poderia estar impressionada por estar sozinha naquela casa onde vivera toda sua infância e parte da mocidade.
Estalou outra madeira.
Não devia se impressionar já que pretendia passar uns dez dias naquela casa.
O irmão desejava vender a propriedade e ela era contra. Oferecera-se para comprar sua parte e se instalara na casa.
Uma mulher cuidaria da limpeza e das refeições. Florinda não podia passar a noite ali e ela a dispensara disso.
-- Não vejo necessidade. Desta vez vou ficar só uns dias aqui. Ainda vou pensar se vou me instalar de vez neste lugar. Então sim pensarei no assunto.
-- Se a senhora desejar posso encontrar alguém da vila para lhe fazer companhia. Penso que não lhe fará bem ficar aqui sozinha.
-- Não se preocupe. Ficarei bem. Obrigada.
A sala guardava ainda o ar de aconchego, mas estava tão gelada. A lareira apagada e completamente abandonada. Não era usada há anos.
Ela poderia pedir que alguém a reativasse no dia seguinte.
Sentiu uns arrepios quando se aproximou da poltrona azul. Era ali que o pai se sentava.
Olhou na parede o quadro do avô. O avô com seus bigodes retorcidos e os olhos que recordavam Paulina.
Punha-se a pensar em Paulina. Paulina menina.
Correndo pela casa e aprontando das suas.
Paulina no caixão. Tão linda e pálida na imobilidade absoluta dos mortos. A inquieta Paulina só assim pararia e não completara ainda dezesseis anos. Fora velada naquela mesma sala.
Marco chorava tanto e ela se escabelara. A mãe dizia que a prima querida fora encontrar os pais. Por que tinham todos que partir? Os pais de Paulina a queriam?
Ela não entendia ainda a morte. Ia completar quatorze anos.
Marco dizia que a casa ficaria sempre triste sem a linda prima e ficara mesmo.
Ela fora estudar na cidade e morar com uma tia. Acontece que nas férias, num dos passeios à casa dos pais conhecera Bruno. Casaram-se, mudaram-se para o Rio de Janeiro e viajavam muito para o exterior. Ela pouco visitara a casa naqueles anos todos já que os pais morreram alguns anos após seu casamento e Marco se mudara para o Paraná com a esposa. A casa ficara aos cuidados de uma senhora que agora estava velha demais para cuidar dela e o irmão lhe ligara dizendo que seria melhor que vendessem. Ela era contra a venda e por esta razão é que estava ali.
Os arrepios se intensificavam. Parecia ouvir o riso de Paulina, do pai. As zangas da mãe e os gritos de Marco. Marco estava vivo e por isso concluía que estava se deixando levar pela imaginação. Não havia nada ali.
Uma porta bateu forte no andar de cima e ela estremeceu. Um gato desceu correndo as escadas.
Esfregando uma mão na outra ela foi abrir a porta para o bichano.
Estivera fantasiando coisas.
Foi até a cozinha e saboreou lentamente um copo de água. Era deliciosa sempre a água daquele lugar.
Arrastando as chinelas foi subindo a escadaria.
Que tola! Era só um gato. Quando subia a escadaria o barulho recomeçava no andar de cima e isto a assustava. Arrependia-se de ter dito a dona Florinda que ficaria bem sozinha.
Com o coração aos pulos chegou ao quarto e descobriu que as janelas estavam abertas e ela estava certa que as fechara muito bem. Foi fechá-las e pensou que era melhor esquecer aquela estória de comprar a parte do irmão. No dia seguinte partiria para o Rio e colocariam a casa à venda.

Foto de Sentimento sublime

Dia Claro! Osvania_Souza

Dia claro!

Dia claro
Doces desejos
Nuvens que passam
Cortinas que se rasgam

Mel em meus lábios
Sinto teu cheiro
Tua presença
Incrível momento

Ternura
Amor
Carinho
Mágico envolvimento

Foi um sonho!
Acordei sem você.
Sinceramente meu amor
Fiquei triste, lamento!
Osvania

Foto de Graciele Gessner

Meus Anos Alexandritos! (Graciele_Gessner)

Mais um ano eu estarei completando. Alguém me disse hoje, que está chegando o tão esperado momento de apagar as velinhas (quanta expectativa). Por fim, comecei a pensar em tudo que vivi até hoje. Parece até que foi ontem que tinha meus quinze anos. Minha Idade de Cristal que foram vividos com “recomeçar a vida”. Quão satisfatória foi viver estes instantes, este tempo que não volta atrás.

Finalmente cheguei aos meus Anos de Palha, que me foram inesquecíveis! A vida é recheada de momentos, e só precisamos aproveitá-las. Realmente, eu aproveitei! Eu vivi! Eu fui livre! Caí, mas levantei. Chorei, mas dei o meu sorriso como vitória. Simplesmente, aprendi a ser eu.

Contudo, despeço-me da minha valiosa Idade de Prata que tanto me acompanhou.

Já saúdo a minha nova Idade Alexandrita que estarei ganhando neste dia florido (23); que levarei durante doze meses recheados de amor, de sonhos, de paz, de esperanças, de muita determinação...

22.09.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

----

Nota: http://www.flogvip.net/gracielegessner/5142423

Foto de sidcleyjr

Uma Nova contradição

No inverno sou a larva incondicional
No amanhecer sou o escuro formidável
Vivendo a contradição
Realizando a utopia
E construindo a cada dia aquele sentimento magia.
Guerra perpetua na suíte de minhas lágrimas,
Fugindo ao hell-cife
Onde as musas coroam o prazer
E escraviza o Amor.
Bem-vindo a terra dos monstros carentes
Das flores contentes
E dos elfos Alcoólatras.
Permanece cantar a melodia da dor
E a descansar o sono dos justos
A cair para por um fim
Nas frases desconhecidas do poeta

'Macro

Foto de DAVI CARTES ALVES

HOMENAGEM A UM GRANDE POETA

" Quando as rãs falam com as pedras
e as aves falam com as flores,
é de poesia que estão falando. "

Manoel de Barros

Foto de Sonia Delsin

ZUMBI

ZUMBI

Quem é este ser inanimado com este ar desesperado?
Quem é este zumbi?
Eu o nunca vi aqui.
Ou vi?
Quem é este fantoche com ar de deboche?
Eu nunca o conheci.
Ou me esqueci?
Na calada da noite seu olhar é açoite.
Desejo correr e pernas não tenho.
O sorriso mantenho.
Quero iludi-lo.
Fazê-lo pensar que não consegue me amedrontar.
Quem é este zumbi?
Claro que consegue me assustar.
Mesmo que só exista no meu imaginar.

Foto de Graciele Gessner

Vidas Passadas, Nossa Real Biografia. (Graciele_Gessner)

Em outras vidas devo ter sido uma rainha que não valorizou a sua família. Porque hoje, tenho irmãos espalhados pelo mundo, um pai que conheço pelo nome, mas em meu registro de nascimento se mantém como pai desconhecido. Tenho uma mãe que trabalha arduamente, que deve ter cometido também seus erros em outras vidas.

E assim, vamos ao poucos tentando entender o que fizemos em outras vidas para estar vivendo esta atual biografia sem resposta. Uma certeza: temos muitas almas amigas que surgem em nossas vidas, para um acaso, por um momento. Mas temos a nossa alma amor, aquela tal alma gêmea. E onde estará a minha que tanto espero encontrar? Será que já a tive em meus braços e deixei ir embora?

Vidas passadas é um mistério a ser desvendado, onde contém a nossa verdadeira essência, a nossa real biografia. Onde por sorte, encontraremos respostas para a nossa existência de hoje, onde descobriremos quais são as almas que nos acompanham eternamente, e se assim posso dizer, encontrar o meu amor.

Contudo, acredito que já conheci a minha alma gêmea, mas por descuido talvez, e por querer uma vida mais digna deixei a minha felicidade escapar. Porém, sei que um dia nossas almas se encontrarão, talvez numa próxima trajetória, e finalmente diremos adeus para este mundo irreal.

Enquanto nossas almas ficam a vagar por este mundo, encontramos outras almas que nos dão novo sentido para existir. Aprendemos a nos acostumar com aquela alma que não se encaixa à nossa maneira de ser, mas tentamos nos habituar. E assim, logo percebemos que cometemos equívocos, e estes enganos são muitas vezes decisivos para nos manter distantes de nossa alma amor.

Sabe aquela sensação, de ausência, de saber que aquela pessoa nos completava por inteiro? Então, querido leitor, leitora, com toda certeza deve ser a sua outra metade, aquela que te completa, é aquela alma que é o oposto da sua e ao mesmo tempo o seu complemento.

Bem-vindo a vida atual, onde nossas vidas passadas são reflexos da nossa biografia!

09.06.2008

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de sidcleyjr

Impossível

Devo está ficando louco
Você me olhou daquele jeito
E me disse coisas lindas.
Meu coração,
Uma criança imatura
Não aceita o pouco
Impossível sabe...
Perdi toda estrutura
Apenas sei que existe
Mas não posso tocá-la.
Estrelinha vem pra terra
Tenho vários segredos a ti dizer
Tenho todo tempo do mundo
Posso situar tuas constelações
E renovar toda astrologia.
Aqui na terra tudo é diferente
Dificilmente exatidão
Impossível praticamente.
Estrelinha há pouco tempo te vejo ali
Aquele brilho
Teu palor
Tudo me vem a sorrir.
Tua aparição me tirou do escuro
Impossível ficar ao teu lado
A terra não acolhe tanta divindade
A carne tão fraca
Manipula o semblante.
Tanto assim de lágrimas trilha minha face,
Escondido de teu dia-a-dia.
Ao adormecer peço socorro à lua
Que faz vizinhança a d’alva
Conhece sua rotina
E seu caráter.
Acordando...
Estou distante
Por senti falta vez ou outra
Por não morar nos seus planos
E no ciclo impossível permanecer.

'Macro

Foto de Izaura N. Soares

Jogo perdido

Jogo perdido
Izaura N. Soares

Deletaste meu amor bem na hora que eu iria cobrar o pênalti.
O seu amor desviou-se e jogou-me para o escanteio.
Por que me deletaste da sua vida se foi através da minha vida
Que você aprendeu a viver?
Foi através da minha vida que você aprendeu a crescer em
Todos os sentidos?
São perguntas que eu faço para meu coração sem entender o
Porque de tanta desilusão.
O meu amor foi driblado, foi jogado para lá, para cá, mas a sua
Jogada vinha sempre de encontro a mim tentando tocar-me
Para você se sentir mais seguro sabendo que eu estaria do outro
Lado para o que der e vier mesmo com o coração partido, você
Tinha a certeza que eu te acolheria e te amaria mesmo sabendo
Que esse amor só me fazia sofrer.
A sua jogada teve um propósito anular-me por inteira não deixando
Que eu avançasse para impedir a sua jogada.
Você foi esperto, mas nem tanto, pois descobrir sua jogada e antecipei
A minha defesa você não teve outro jeito senão fazer o pênalti.
E agora, cobro o pênalti ou não?
Ou deixo rolar para que outra cobre o seu amor?

Páginas

Subscrever fantasia

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma