coragem

Foto de Carmen Lúcia

Introspecção

Hoje me recuo,
Recolho meus vestígios,
Fecho-me em mim...
Repudio pensamentos pesados,
Por demais ousados
Que me vestiram assim...
Recomeço pelo fim...
Apago marcas do que sou
Que travam passos que dou...
Disperso o meu cheiro
Que impregna meus devaneios
Dissimulados, sem roteiro...
Renovo os sonhos que nunca busquei,
Escondo os rastros que por aí deixei,
Que gritam como sou, onde estou...
Hoje refaço o destino
Incisivo e opositor,
Esvazio o meu íntimo,
Liberto-o do dissabor...
Desdenho o desatino,
Tudo o que faz retroceder
E sofrer...Quase perder...
Os últimos acordes entristecidos
Perdem-se no ar, a vagar...
Canção que não tem razão de ser,
Que já não quero mais cantar...
Já não quero mais dançar...
E nesse ostracismo, a me buscar,
A me encarar, me enfrentar,
Confronto com meu próprio eu...
Talvez descubra o que restou...
O que morreu...
Ou quem sou eu...

Foto de Sonia Delsin

A FRASE ME SACODE

A FRASE ME SACODE

Não pode parar.
Não pode.
A frase me sacode.
Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima.
Eu era menina.
E a ouvia.
Minha mãe dizia.
Tão pequenina a dona Lina.
E tão corajosa.
Lembro dela quando vejo uma rosa.
Existe nela todo o encanto desta flor.
Minha mãe é puro amor.
Não paro, querida.
Eu sigo em frente.
Contigo eu aprendi a ser valente.

Foto de Sonia Delsin

O VÔO DA ÁGUIA

O VÔO DA ÁGUIA

A tempestade a castigava
e a águia
o seu fim pressentia.
Abrigar-se como a
céu aberto?
Fria a água que caía
e insistente
o vento.
Um verdadeiro
tormento.
Ela sabia
que se permanecesse ali
morreria.
Voar
era preciso
e ela sabia.
Abrindo suas longas asas
ela empreendeu vôo.
Venceu
a tempestade.
Voou, voou
e muito acima das nuvens
encontrou
paz e tranqüilidade.

Foto de Sonia Delsin

FENIX

FENIX

Sob as cinzas eu desfalecida desacreditava da vida.
Mortalmente ferida.
Tudo era finito.
Acabado meu mundo bonito?
Ali sob as cinzas.
Embaixo do manto da dor eu jazia.
Me desfazia.
Morria...
E dentro d’alma um poema nascia.
Um poema que falava do sol.
Um poema que falava dum novo amanhecer.
Como? Se eu estava a morrer?
O poema queria nascer.
Insistia...
E eu tão fraquinha no céu escrevia.
Com letras miúdas eu rabiscava o poema.
Igual uma tela de cinema.
Eu escrevia letra a letra lentamente.
Era um poema diferente.
Brilhava intensamente.
Ali, à minha frente.
A dor, que era tanta, foi se aliviando.
As letras todas do poema brilhando...
Fiquei olhando...
A minha obra admirando.
Fui me sentando.
Me levantando.
Eu o lia com voracidade.
Ele me prometia que eu estava pronta a voar...
Percebi que o poema me convidava a recomeçar.

Foto de Inês Santos

Bonitas palavras...

Bonitas palavras as tuas...
Que disseram tanto...
Pois todas as maldades cruas...
Só mereciam o devido pranto...

Mas tu,foste decidida...
que recuperas-te a tua lida...
Ajudas-te e sorris-te...
num sentimento puro e triste...

Não sei como me sinto...
Inferior talvez...
acredita não minto...
Vai chegar a minha vez...

Aí,vou fazer como fazes...
escolher,um dos dois caminhos...
Só interessa que somos capazes...
De voltar,de dar carinhos...

Por isso te digo Sandra...
Os melhores momentos...
Aqui vou ser malandra...
é quando esquecemos os mandamentos...

E recordamos,recordamos...
que a arma verdadeira...
é que amamos....
quem está á nossa beira...

Foto de Inês Santos

qualidade exagerada...

À custa de uma tão minha qualidade...
vou passar um bocado mal...
vou tomar banho da água fria...
dormir no duro...
de noite no escuro...
Não sei com quanta gente...
talvez tenha sido irracional...
Mas eu queria,como eu queria...
fazer um teste á minha mente...

Por causa da minha qualidade exagerada!
Quero ir conhecer,aprender...
Até o meu corpo desfalecer...
À custa dela...
vou andar quebrada,maltratada...
abdico da liberdade...
do meu abrigo...
esqueco a amizade...
enfrento o perigo...

é Por ela,é tão bela...
que vou conhecer...
A pátria defender...
Vou ter medo...
vou sofrer...
Mas,cedo...
vou experimentar esta realidade...
À custa da minha exagerada qualidade...
ai,curiosidade,curiosidade...

Foto de Lilaa

MEUS PROBLEMAS, APESAR DE SEREM PROBLEMAS, CONTINUAM SENDO MEUS... E ISSO TAMBÉM NINGUÉM ME TIRA

FAZEM PARTE DE MIM, CADA PENSAMENTO AQUI DE DENTRO, CADA SENSAÇÃO QUE EU EXPERIMENTO E POR ISSO MEUS PROBLEMAS SÃO EXCLUSIVAMENTE MEUS... NÃO TENHO MEDO DE ENCARÁ-LOS. NÃO OS SUBESTIMO E NEM OS SUPERESTIMOS, APENAS OLHO FRENTE A FRENTE!

ELES SÃO MEUS E SOU CAPAZ DE PASSAR POR CADA UM DELES, COM TODA A CALMA, PACIÊNCIA E TOLERÂNCIA QUE A VIDA ME ENSINOU A TER. ESSE É APENAS MAIS UM, DOS MUITOS QUE VIRÃO E DOS MUITOS QUE SE FORAM...

Foto de myrian

Contraditória

Sou contraditória dentro das palavras
mortas, vazias,
da lágrima do culpado
da benção do inocente.
Dentro do meu castelo
sou o fantasma que teve medo.
Medo da morte.
Arrasto as correntes
tento escapar das masmorras
das janelas com grades.
Meu corpo estremece em convulsões,
minha alma parte em busca das paixões
perdidas.
Do outro lado da lágrima
está a mão estendida
mas inalcançável.
Quantos infernos terei que suportar
nesta invisibilidade psíquica?

Myrian Benatti

Foto de sergiomorsan

SOBRE O CÉU

O ar que eu respiro
É tão puro e doce
Que eu penso
Que estou no céu

E as nuvens
Que sobrevoam minha cabeça
Estão tão perto
Que até posso sentí-las

São as alvas nuvens
Do Pico das Agulhas Negras
Que nos deslumbram
Com sua imensa beleza

Sua formosura é desfrutada
Por nós aventureiros
Que sempre buscam algo a mais
Além da aventura de estar longe

Das capitais
Que nos observam à distância
E que não sabem
O que é estar livre e solto no ar

De uma montanha que ostenta e sustenta
A alma de simples pessoas
Como eu e você que sempre tenta
Estar em paz com o mundo

Com a vida
A natureza e a humanidade
Com a vida
E com um mundo de verdade

Foto de Carmen Vervloet

ESCULPINDO A VIDA

ESCULPINDO A VIDA

Quero esculpir
A minha história...
Quero chorar ou sorrir
Entre reveses ou glórias...
Quero entalhá-la
No meu dia a dia...
Do meu jeito...
Com minhas manias...
Mas sem preconceito...
Peito aberto
Nos caminhos incertos...
Com a minha cara...
Nem sempre de beleza rara...
Às vezes feia...
Sangue italiano
Nas veias...
Às vezes brilhante alvorecer...
Benquerer!
Outras vezes noite escura...
Amargura!
A coragem impulsionando
A busca...
A brancura da paz...
O azul do amor...
Capaz de apostar no hoje...
Meu presente...
Que me dá a rota
Onde lanço minha frota...
Que me leva ao futuro...
Certo... Nascituro...
Fruto maduro...
Mastigado pelo tempo...
No tempo certo...
Sentimentos especiais...
Abundantes mananciais...
Que sustentam
A vida
Por mim esculpida!

Carmen Vervloet

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