A beleza e a simplicidade são companheiras,
Existe nelas cumplicidade verdadeira...
É só observar os jardins...
Onde tudo acontece normalmente...
Vidas que se ocupam em ser só o que são,
Sem conflitos, sem atritos, angústias, desunião...
Sejam bromélias, rosas, hortênsias, jasmins...
Cumprem seus destinos, sem desatinos,
Florescem ao seu tempo,
E ao perderem o viço,
Vão-se embora
Se é chegada a hora...
Não precisa luxo,
Luz de esplendor,
Ostentação, glamour...
Somente a necessidade
De cada instante...
Extraem da chuva o essencial
Do sol, a luz e calor...
Recebem o vento...
E morrem ao seu tempo...
Sem estardalhaço, suavemente, simplesmente...
O muito querer é complicado...
É pesado, alienado, aprisionado...
Mala difícil de se carregar...
O simples é leve, delicado,
Fácil de se levar a bagagem
E, durante a viagem,
Aprecia a paisagem...