Tardes solitárias, estou sentado no banco da praça, vejo que os namorados que passam, nem notaram minha solidão, tardes como as outras tardes,
tardes vazias, onde a tua ausência é minha companhia, tardes iludidas por uma normalidade falsa onde a tranquilidade superficial que no meu rosto
se reflete nada retrata o transtorno que sinto por dentro.
Tardes tenebrosas com claridades obscuras que só ilumina minha amargura, tardes que me fazem lembrar das vezes em que eu sonhava e até mesmo
planejava planos para uma eternidade que só existia nos meus sonhos alimentados por uma realidade passageira, tardes com ventos frios que me causa
calafrios aterrorizantes, e como as outras tardes, essa tarde se despede com o decline do sol levando consigo todos os que estavam a minha volta.
agora, o silêncio que prevalece do lado de fora não é mais forte do que a guerra que permanece do lado de dentro de um coração atormentado
pela solidão...
(Elenildo Soares)