Nesta noite sombria,
chove...
O céu de uma tempestade se cobria...
Chovem, recordações do passado...
Diante de mim,
fotografias tenho.
Via-me e tremia,
como o passado ainda se move,
assim, num vagar estranho,
pelas guardadas escuridões do dia...
Através de um olhar emocionado,
vejo-me cada vez mais 'eu'.
O passado estava tão errado...
Não quero crer que era o meu...
Em algumas gotículas dessa chuva...
Não me vejo reflectida.
Serei eu muda?
Ou já estarei crescida?
Contudo, são marcas das pequenas batalhas,
que fui ganhando...
E por isso o meu 'eu' segue cego, surdo e mudo...
e o meu corpo também para lá vai deambulando.