Sinto no coração lampejos típico da paixão
Já conheço essas paragens, não sei se
Estou preparada para viver essa mais não
Pois quando amo sou ternura, na paixão
Sou terremoto, viro o mundo se possível
E não tem nada na vida que me sirva como um não.
Sou inteira no que sinto, mesmo que seja ilusão
Ponho as vestes de guerreira e desafio a solidão
É uma batalha muito árdua nas terras do coração
Só conhece essa metáfora quem já viveu uma paixão.
No amor tudo é sereno, até ao toque das mãos
A paixão é devaneio é loucura em profusão
Até o vento tem cheiro de magia e sedução
E nada é tão perfeito no estado da paixão.
Sutilmente chega como num aperto de mão
e vai se transformando aos poucos em furação
Que na sua euforia nos tira da razão
Num certo dia vai embora...
E quando nos damos conta é só recordação.
Autora: Célia Torres