Se eu pudesse voltar ao meu passado
Eu faria tudo que fiz, diferente
Transformava meu discurso em repente
Só falava com poemas declamados
Percorria por caminhos já andados
Os meus versos teriam inspiração
Seguiria a voz do coração
Um poeta, um homem realizado
Cantaria de noite para lua
E de dia pedia pra ser cantado
Atendendo ao pedido do amado
Sua amante já amanhecia nua
Abriria a janela para rua
E cobria a cama com lençol
Clareava todo o quarto com o sol
E dizia meu amor sou toda sua
Certamente a rotina era liberta
Passaríamos o dia fazendo amor
Sem vergonha, e sem ter nenhum pudor
Nos amava de corpo e alma aberta
Eu beijando e ela dizendo aperta
Minha mão, eu deixava passear
Logo logo sentia dela jorrar
Um gemido informando a hora certa
Em seguida eu faria um sermão
Entoado no amor dali jorrado
Ela Implora outra vez para o amado
Por favor, use a voz e passe a Mao
Do meu corpo faça seu violão
Dedilhando, use a voz no meu ouvido
Quero todo o meu corpo percorrido
Pra compor outra vez nossa canção
Duas vidas e um destino mudado
o amor do passado tão presente
pode ser que dois corpo fique ausente
mas o amor ficara perpetuado
pode ser que esse amor do passado
já não possa viver mais um futuro
mais será a prova do amor puro
o labor do verso bem declamado
bATISTA aLVES