Passos dados rumo a perdição
Mais ela não estaria só num papel, e sim bem próxima e real.
Como o precipício de braços abertos esperando por tal presente
Como o vento que te empurra rumo a tormenta
Como um nada em meio a todo sofrimento, tudo em meio a nada, que traz você.
Pedras ou rochas quem as dirá?
Espinhos e laços quem as dirá?
Sendo vida mero prêmio aos bondosos, ou parte indesejada da vitória dos que têm em suas vidas traços do mal.
Palavras entre tantas sombras e sombras de um tudo
Versos negros escritos com gotas de sangue sem sua cor escarlate
Feitos em meio à dor da solidão
Trevas que precedem a morte em meio a tudo isso
E tudo que me leva ou me levará
Tudo que se pode mencionar, um tudo que se resume em você.
Ao posto que era da irmã alegria, o que te devo doce tristeza, que cobrança tens com meu nome para tanto bater em minha porta. Que peça tão preciosa tua roubei para que tanto me visites, no que julgo ser tentativas de resgate. Que mar tão grosseiro, naveguei e deixei rastros de um tesouro amaldiçoado, para que tua cobiça te traga tantas vezes a mim. Dor ignóbil e dilacerante, tantas mazelas em meu coração, traços de morte anunciada, podes então me tragar, irmã morte, tomarei mesmo sem querer tua mão como minha noiva, pois quem desejo não terei tal sorte, não terei tamanhas chances em vida, de em vida transforma-la em realidade e não mais ser apenas um sonho, que sonhei.