Memórias antigas e amargas
Das quais se quer esquecer
Remetem lamentos, amores,
Agonias e terrores de estremecer.
Memórias Antigas e amargas
Em um lago de águas negras
Revolvem como um escaldante fel
No âmago do velho ser.
Impressas numa gravura de papel,
Lembranças ao léu.
Um momento preso no filme da vida
É o que resta de uma era partida.
Ao conhecer as borralhas ardentes,
As flamas crepitantes da pseudo-morte,
Donde su’alma e corpo foram lançados,
O velho ser afogou-se em suas próprias lágrimas,
Sucumbiu em suas próprias lembranças,
E nunca mais retornou.
João F..R. 20/11/2012