Não. Não me queiras por minha juventude,
O passado se encarregará de levar minhas lembranças.
Debaixo deste travesseiro guardei meu telefone por vezes
A esperar uma ligação que jamais recebera.
Tua meiguice um dia chegou a me encantar,
Quando por vezes mostrar-te-me a pureza do sorriso teu,
Envolto em belos traços deste semblante
Que a lua por fim houve de copiar.
Guardo te ti doces momentos onde juntos,
Por mais que o dia voltasse sempre a raiar
Chorávamos inconsolável e incansavelmente,
A partida um do outro ao seu findar.
Mas ora! Por qual motivo chorávamos então?
Chorávamos nós, pois havia a negra e insolúvel
Certeza de que um dia, com o findar dessa breve estadia carnal
A saudade viria transformar nosso ninho em puras e doces...
Marcas de uma paixão.