Folhas envelhecidas, amareladas
de um diário...
entorpecida embolei, arremessei,
na tentativa onerosa
de livrar-me do fulgor deste sentimento
vil, louco, impetuoso, estarrecedor.
Arrependida peguei-as de volta.
Desamassei, reli com atenção
Chorei...
O choro que se aproxima
calmo,
e se faz violento, doloroso,
desce em rio que arrefece a face.
Palavras ternas, e o seu nome
escrito várias vezes em letras garrafais,
envolto a coração, balão.
Folha inerente a um diário mudo,
cúmplice de um amor arredio, solitário.
Folhas de um diário
Data de publicação:
Quinta-feira, 3 Janeiro, 2008 - 12:56
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Comentários
Ceci/Minnie Sevla
Que lindo seu poema! Diário nosso confidente
quantas e quantas vezes só à ele segredamos
os mais ousados sentimentos, ou coisas simples,
até bobas, mas que pro nosso coração são preciosas
relíquias!
Lindo
Bjo
Ceci
Obrigada
Pois é, na verdade muitas vezes este diário nem é materializado, mas está dentro de nós eternamente. Escrito em letras para a eternidade.
Beijos Ceci, obrigada pela presença.
Minnie Sevla/Ramgad