Por aquilo que é oculto,
pelo nada, pelo tudo,
pelo ardor, pela aflição,
por não ter alma nem coração.
No que a vida se esvazia,
no calor de tua beleza fria
que vai pulsar nas tuas mãos, meu sangue quente, penitente,
que finge docemente
não sentir o canto ausente
de tua voz eternamente
a susurrar algo indescente
em meu ouvido incoerente.
E pelo toque que é fulgaz,
descubro o nada pelo tudo,
descubro o tudo pelo nada,
descubro o êxtase da aflição,
e finjo te amar
não tendo alma nem coração.
Comentários
Adore o teu poema. Pequenino
Adore o teu poema. Pequenino e no entanto tem lá tudo. Lindo. Adorei.
laurinda
Laurinda Malta
http://almasentida.blog.comunidades.net