As armas que me atacaram
Chamam-se palavras
E machucam demais
Muito mais do que espadas
O escudo que usei
Chama-se inteligência
Que não atinge o corpo
Mas afeta a consciência
Nesse duelo não escorre sangue
Mas vertem-se lágrimas
Que não mancham a roupa
Mas marcam a alma
Não existe vencedor
O que há é um vence-dor
Que segura o grito na garganta
E após a queda, logo se levanta.
As feridas dessa batalha
Não podem ser vistas
Mas o que é atingido
Sabe o quanto são doloridas
Os curativos chamam-se desculpas
A medicação: humildade.
E para fazer as pazes
É preciso ainda mais coragem
E a trégua se dá onde há amor
Lamento, choro e emoções.
E tudo volta ser como antes
De um duelo sem premiações.