CONTEMPLATIVA
Na cadeira da sacada estou sentada olhando o nada.
Como o nada?
Parece que meu olhar anda em tudo.
Nada vejo.
Estou tão distante de tudo isso.
Tão distante...
Estou onde gosto de estar quando me ponho a viajar.
Estou em todo lugar... estou por aí a vagar.
Como anjos noturnos que saem pela madrugada eu estou flutuando num imenso nada.
A procura de quê?
A procura da resposta pra uma dor que ando sentindo.
Vi alguém indo, indo...
E eu que imaginei que tudo ia ser tão lindo.