Bailarina

Foto de Rute Mesquita

Bailarina,
como tão bem bailas
ao som da orquestra da vida,
nuns passos de divina,
por entre saltos de sofrida…
Bailarina,
daqui troço para que não caias
e aqui fico para nunca te sentires perdida.
Bailarina,
rodopias cada vez melhor,
desvaneces as minhas utopias
e a minha dor.
Então, eu lágrima, escorro
num aplauso de emoção.
E tu pensando que pedia socorro,
cais no chão…
‘Não, não… Bailarina jamais me perdoarei…
Tens de te levantar.’
e assim a mão te dei
e acompanhei-te ao altar.
‘Vês, Bailarina, como és bela?
Como também conheces a felicidade?
Peço-te, que continues a pintar esta linda tela,
da tua sinceridade.
Não arrumes as sapatilhas…
Tu mesma assumes, que com elas o teu Mundo partilhas.’