Apenas Elo
Eu sou um elo da corrente
E me entrelaço de corpo presente
E não excluo nada de mim
Vou inteiro me entrelaçando assim...
Eu me entrelaço pela força do destino
E outra dimensão descortino...
Os outros elos fundamentam minha vida
Alegre... Triste... Risonha ou sentida...
Nós, elos unidos, fazemos a nossa história...
Nem sempre só de vitórias,
Nem de fracassos, tão pouco...
Nem de momentos só loucos!
Mas somos fortes!
Quem pode ao outro o amor negar?
Se estamos unidos na mesma corrente?
No mesmo mar a navegar?
Se somos frutos da mesma semente?
Somos personagens de eternas relações de amor.
Mesmo que se afastem os nossos corpos,
Os nossos espíritos se unem em louvor,
Mesmo que entremos nos jardins dos mortos!
Breve é a vida...
Certa é a morte...
E se eu decido ser elo da corrente
Desprendida
Fico sozinha, perdida... Sem norte...
E perco o rumo,
Viro serrote...
Serrando em fatias a minha sorte
Jogando-a numa corrente de vento forte!
Porque sozinha sou poeira da estrada...
Porque sozinha eu não sou nada!
Carmen Vervloet