Branca quando se criavam os laçados
de uma amizade.
Reluzente,
dos seus amaçados,
fazia prosas de felicidade.
Já fui uma rosa corada!
Vermelha quando a paixão surgiu.
De nada tinha calosa,
corria esbeltada
como a água fluente de um rio.
Já fui uma rica rosa!
Honrada de tal riqueza.
De nada cautelosa,
era cortejada como uma princesa.
A paixão, o amor,
desmembraram-se…
Caiam assim as minhas pétalas…
A amizade e esta dor,
uniformizaram-se,
naquelas lágrimas repletas.
Foi então que uma nova cor ganhei,
um verde esperançoso.
Ao ponto a que cheguei…
Mas logo procurei
algo glorioso.
E hoje sou uma amadurecida,
rosa castanha!
Caminhando sobre os erros
escalando esta montanha.
Sentindo-me por mim merecida,
deixando para trás os enterros
e surpreendendo quem me desdenha.