A cópula

Foto de Costa e Abrantes

Às vezes as estrelas chegam mais perto de nós
Embaixo dos lençóis
Para versar o copular
Algoz
Sim, deveras atormenta-me este sentimento
De ser apenas sexo e casa de espelhos
Algemas e só segredos
Que me queres não como homem teu
E sim como escravo seu
Um submisso
Um grito indizível
A cópula indelével
Quem és é um mistério.

Comporei um soneto
Dois tercetos de desejo
Dois quartetos de almejo
Banhados em puro e límpido esmero
Só brandura, ausência total de toques austeros

Seja a minha melhor na cama
Quando me chupas
Quando me amas
Quando me arranhas
Quando me amarras
Por tuas teias e garras
Abrace-me e jamais me larga.
Mostre-me seu pompoar
Alterne entre o rápido, médio e devagar.

Comentários

2
Foto de Arnault L. D.

Belo poema, beira ao erótico, mas se esquiva totalmente do vulgar. Vc soube fazer as "curvas" na hora certa... Parabéns. E seja bem vindo.

Foto de Costa e Abrantes

Muito obrigado Arnault. Fico feliz por tu teres gostado e agradeço-te pelas boas vindas. Tudo de bom para você!!!

Nícolas Costa

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