Na mornidão vespertina
A brisa é um bafo quente
Que indispõe o vivente
De enfrentar a rotina.
Impiedoso, o astro solar,
Esturrica a cidade
Incinerando a vontade
De embaixo dele andar.
A estas horas do dia,
Há que se ter cuidado
Pra que não fique tostado
Quem tem a pele macia.
Quem pode, não sai à rua,
Fica na sombra abrigado
Até que o sol,cansado,
Seja rendido pela lua.