Foto de Patricia Biase

PITUCHINHA

Beatriz PITUCHINHA, você não tem jeito, até o leiteiro andou mamando em seu peito.

Foto de Arnault L. D.

Abstrata e desconexa

A propensão de pensar,
medir, somar, entender,
destoa do cansaço... o nutre.
A idéia aborta incompleta.

A poesia torna-se abstrata, ar,
vezes o sinto na pele, no éter...
Mas, não consigo d’asa do abutre,
salvar a cada borboleta...

Conexão, inspiração, sonhar,
fragmentados todos sem verter.
Na boca, o cansaço, tal salitre
a consumir todo gosto e faceta.

O sentir é agora o raciocinar...
O sentir: Indecifrável de dizer,
rápido e errático morcego, entre
o final do Sol e a noite feita.

Resta-me o súbito, zaz, espiar:
Pirilampos, meteoros, a vésper...
Sem poetar, só ver e deixar que entre
aos olhos... e ao peito se meta.

Foto de Siby

Verão e girassóis

É verão, férias, é viver com alegria,
Enquanto girassóis estão a florir,
Encontramos muitos motivos para sorrir,
E até inspiração para fazer poesia.

Quando os girassóis estão a florir,
Acontecem os amores de verão,
Alguns amores ficam, outros vão,
Vontade de ficar, na hora de partir.

Os lindos girassóis também se vão,
Pétalas a voar, e a vida vai seguir,
Vida contida, nas sementes que cairão.

Como veranistas, tem seu rumo a cumprir,
Pois no cio da terra as sementes brotarão,
E os girassóis renascerão e voltarão a florir.
(Siby)

Foto de Igor Pontes

poema e reflexão

Filosofando indignado.

É tanta gente feia se achando linda,
É pouca dor e amargo pra muita ferida,
Sei lá... É tanta gente não sendo o que diz,
Há muita mentira escondida por aí.
A vida que passa é assim,
Você dizendo o que quer e você mesmo não diz,
Porque sou o que falo...? Mas não sou o que digo...?
Tem tanta gente sendo assim e ainda assim,
Indecisões que outrora simplesmente me afastam dessa sociedade hipócrita.
Se não somos melhores que ninguém,
Não devemos nos achar pior que ninguém.
Estamos no mesmo barco da vida,
É um dever levantar todos os dias,
E buscar dentro de você a essência do bem,
Mesmo quando ninguém ou nem mesmo você a encontrar.
Portanto amar ainda é o melhor remédio pra se curar,
Não adianta pagar o mal com o mal,
Essa sim é uma atitude digna,
Não devemos nos esconder na hipocrisia de se achar melhor que os outros.

Foto de Igor Pontes

Tardes de chuva

Encontrei com essas lembranças perdidas em minha memoria fria, lembranças que me levam pra perto de você, o nosso horizonte era tudo que tínhamos e através dele passávamos as nossas tardes imaginando como seria em alguns anos a frente, conseguíamos imaginar o que jamais aconteceria, porém, ter a certeza que a chuva viria era a nossa fonte de alegria porque com a chuva eu te aqueceria e pela janela da sua casa continuamos a fazer planos futuros, tantas tardes foram assim, uma repetição sem fim.
Hoje posso apenas te dizer que quando a chuva caí, essa chuva me traz a lembrança do seu olhar, o maior problema é que tarda chover e com isso vem a ausência de você.
Sinto muito.

Foto de Igor Pontes

Em busca de paz

Meio que perdido me encontro aqui e com todo devaneio da minha alma entrego minhas desilusões, com a certeza de que fiz de tudo porém nada mudou e continuo definhando, esperando um sopro de esperança que sei que já se foi. Entrego-me a profunda tristeza e com o choro que minha alma derrama conseguirei a paz nas palavras escritas, profunda e ardente ferida que insiste em não cicatrizar.
Mais vale sentir isso na vida do que ter vivido um único dia sem senti-la.

Foto de Arnault L. D.

Fora do Prazo

Se houvesse, amor ausente,
uma trégua para nós,
eu iria estar contigo,
lhe traria um presente...
Novamente o mundo a sós
abrindo espaços sem perigo.

Poderia ser a natureza,
que impele aos desejos,
impele a fazer promessa,
pele arrepia sem defesa
à eminência dos seus beijos,
em que a volúpia se confessa.

No ruborizar do rosto,
na língua o gosto tão bom
que seu corpo inteiro aboca.
Que ao si provar exposto,
espontâneo feito um dom
transcende-me a fome louca.

De alimentar-me a alma
da sua carne, que saliva,
até o soluçar do gozo
e o êxtase pousar a calma.
E não mais posto a deriva
retornaria... ao lar ditoso.

Foto de Wilson Numa

Insensível

Ao lhe ver sorrir acende no meu peito uma chama que me permite ver e preencher uma parte de mim
Perfeição não procuro porque também não ofereço
Cada um é imagem das suas crenças, das suas vivências e da sua atitude
Perdão ou arrependimento cada um o tem a sua maneira de pedir ou conceder
Só não quero que duvide daquilo que sinto cada um mostra de forma diferente ou cada um vive de forma diferente dia a realidade que lhe aparece a frente
Eu prefiro não levar a vida a pensar em problemas, a não pensar futuro distante, prefiro divertir-me, sem esquecer as minhas responsabilidades
Não me arrependo de nada, não creio ter ferido os teus sentimentos ou a ti
Daí que não passo tempo a me desculpar, a sensibilidade de cada um é para ser respeitada
Talvez seja eu o insensível, e não perceber aquilo que faça de errado
Então deixo a última palavra para si, seja o que você quiser

Foto de Enide Santos

EU E O QUE SINTO

Não tenho mais nada de meu
Só eu e o que sinto por ti.
Coisas que julgava serem minhas
nunca foram, nunca me pertenceram.
Olho para o mundo,
tudo que tenho,
é tudo que sou,
eu e o que sinto.
Nada mais restou.

Temos dores absolutamente infinitas
Saudades e o peso da rejeição.
E acabamos que nós entendemos.
Eu com minha saudade,
e o que sinto, com sua rejeição.
Dividimos o eco das lembranças,
cumpliciamos com nobreza e pujanças.
E nas caladas das noites
meramente nós emendamos.

Este meu sentir,
Hoje é tudo para mim.
É com quem falo,
com quem ando.
Com quem almoço,
com quem janto.
Dormimos e acordamos
E não nunca nós bastamos.

Enide Santos 18/04/14

Foto de Enide Santos

RELATOS DO FUNDO DO POÇO

O fundo do buraco,
não é o fim de tudo.
Visto por outro ângulo,
percebido de outra forma.

Há paredes escorregadias,
Transmitem toda tristeza,
da perca dos dias.

É tão profundo o fundo.
Há olhares apagados.
Vidas sem (re) ação.

Braços que se movem sem motivos.
E do fundo, de onde se pode ouvir,
Os risos de quem longe está dali.

Difícil subir...
Áspera e dura escalada
Limos de indecência.
Lodos de demência.

Escombros caem sobre meus ombros
Cicatrizes nas paredes lamacentas.
Ai então, se percebe,
quanto “se” tem aqui.

A lonjura do fim é ficar no fim
ou batalhar para ir até o fim
de chegar ao começo.

Enide Santos 05/05/14

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