Foto de TrabisDeMentia

O canto da saudade

Dou por mim num canto, em branco, com a alma desalmada
Chorando pois nem meu pranto quer saber de mim para nada
Sofrendo só de lembrar que doi só de lembrar sofrendo
Morrendo a desejar o quanto eu desejo não estar morrendo
Mas tudo em mim é fim e tudo enfim me lembra
Da lembrança de uma dança a dois que hoje em dois desmembra
E esse ser que foi um só, não foi só um ser que se foi
É um vazio em meu peito que eu em leito de saudade...
Enfeito para esquecer que doi...

(dedico a Flávia Rocha por me inspirar com o seu piano)

Foto de Fernanda Queiroz

Mini-Série On Line

A partir de 1 de março de 2006 estou lançando nesta seção a minha Mini-Série On-Line. Em capítulos diários ( Segunda a Sexta-feira) você poderá acompanhar as comoventes histórias de amor, suspense e drama que estarei a compartilhar, poderão fazer comentários e participarem opinando no enredo. Obrigada.

Fernanda Queiroz

Foto de Fernanda Carneiro

LEMBRANÇAS

Olhando este velho retrato
Faces sérias, um sorriso falso, um coração vazio
Ao seu lado um sonho ou uma prisão...?
Perguntas sem resposta e um desejo de ser livre
Livre deste sentimento que assola em meu peito
Algo incompleto é ter vc ao lado e sentir solidão
Vc não sabe, nunca saberá que quem te amou fui eu
Seu amor foi pouco demais para me saciar
Saciar a vontade de viver, de ser especial, de se sentir única
Vc somente aprendeu a odiar,
seu amor é tão negro e doentio
Eu só sei perdoar,
meu amor é puro e vasto
Tantas diferenças
E aqui entre recordações não quero mais...
Não quero mais seu toque, seu sorriso, seu carinho
Não quero promessas, brigas, crises
seu coração não pulsa, não sente
Sua alma se tornou fria, seca, assim como suas palavras
E de meu rosto não verás lágrimas rolarem
Vc não merece um minuto de minha atenção
Um ser cruel, desumano, e que não sabe ter piedade
Meu amor por vc se foi, como brisa depois de uma grande tempestade
Amor antes lindo e intenso, tornou-se vazio
Sou vida, intensidade, luz
Vc escuridão
Este velho retrato, uma luz na escuridão
Hoje uma escuridão sem tamanho no meu ser...

Foto de Bárbara Duarte

Sem Motivos

Eu não conseguiria!
Já nem tentava mais.
Esquecer você tornou-se impossível.
E você nem me dava motivo.

Tentava me salvar...
Mas te ver era o suficiente para me aprisionar!

Hoje, vejo que curei um amor doentio...
Superei uma tristeza insuperável.
Surpreendi a mim mesmo
E conquistei meu controle.

Talvez, só agora, eu tenha deixado de ser qualquer um.
Mas já é tarde demais.
Agora, não te quero mais!
Não como eu queria, algum tempo atrás.

Cansei de me apaixonar enganado por um olhar,
Por um gesto
Ou por uma palavra que nada tinha a dizer.
Cansei de fantasiar minha felicidade ao seu lado.
A partir de agora,
Vou viver de fatos...
E não de fantasias!

Desculpe,
Mas esta nova “realidade” não poderá ser ao seu lado.
Pois, mudar seu jeito seria impossível...
Pelo menos para mim!

Talvez, você seja uma das pessoas que mais me fez rir...
Mas é certamente,
A que mais me fez chorar!

Foto de Ricardo felipe

Ter sido feliz.

Antes me assaltassem a fortaleza da sanidade. E distribuíssem meus desejos todos. Antes me impedissem as escolhas e os sonhos das noites, o devaneio e a graça do desejar. Antes me tirassem a vida, mas não me fizessem feliz. A felicidade é o pior mal, é a maior crueldade, a maior tortura e suplício, de quem ela não mais possui. Ser feliz é perder a capacidade, a vontade e a força, de ser qualquer outra coisa. É cegar-se para o cotidiano. É não mais suportar o tédio, a realidade, a vida. Me haviam ter feito infeliz toda minha existência. Assim, por segundo algum, eu sentiria o suplício da esperança, a humilhação e o pesar da lembrança. Saudade é ter sido feliz. E ter sido feliz è ser, agora, eternamente infeliz. Não há mas vida que lhe sirva. Não há mais cotidiano que lhe caiba. Ou coisa qualquer que lhe complete um segundo sequer. Ter tido a felicidade é perda insaciável, é perder sempre, todos os dias, todos os momentos. Ter sido feliz é transformar o futuro inteiro num puder ter sido. Rio algum correrá certo, montanha alguma deveria ser como é. Não haverão nunca cores novas ou novos ares, como deveriam ser. Tudo haveria de ser irremediavelmente diferente, do que será. Pois, sem a felicidade nada faz sentido. Nada tem motivo. Nada merece os abraços em recebida. Nada ama o novo. Nada é certo ou bom. Pra quem foi vítima da felicidade, tudo é saudade, tudo é lembrança.

Foto de Junior A.

Doce lar

Havia um lar de amores onde todos os dias nos encontrávamos
Hoje talvez não tenha um motivo aparente para a solidão
Afinal poucos entendem o que se passa neste mundo chamado coração que Desmoronou após a tua partida
Após o teu abandono
Ainda que não seja assim o teu querer
A dor se instalou de uma maneira
Que me esforço para não chorar
Me aquieto num canto escuro
E em silencio me apego a esperança
De que se amenize todo esse sofrer que pulsa,que imputa,que desvanece a alma
Da beleza que a nós sonhava
Me restaram apenas fragmentos
Que ao caminho vou recolhendo
Vasculhando os destroços
Na esperança de que
Ainda consiga juntar a vida que partiu
Juntamente com o brilho dos teus olhos que se foram...
Hj percebo q a esperança tem os seus dois lados e que no presente
Se tornara apenas o meu engano pois não terei mais o que
A esperança me faz ver de ti
Que me vem como futuro consolo
Tenho de ti apenas o passado que o presente me roubou
E que levara ao longínquo sem se quer permitir que dissesse adeus
Quisera eu tornar ao tempo
E viver os momentos que
Traziam sentido a minha existencia
Tal sentimento sublime que era
Amor puro capaz de trazer um sorriso ao lábios
De tirar o sono por uma quimera acordado
De enfeitar tudo que nos cercava Tornando até a rotina agradavél
Pois o teu encanto deixava tudo belo e valido.
Hj sigo pelo mesmo caminho quando tento regressar ao nosso lar de amores
Porém o caminho se tornara taciturno
Cinzas no lugar das flores,chamas no lugar dos arbustos,trevas ao invés de encanto
Não há mais nada no caminho do que plantamos,do que construimos
E ainda assim insistentemente
a vida segue em meio a fumaça
Segue sozinha,segue cega...
Vida...
Ainda a vejo agonizando
Mesmo querendo o seu fim
Ainda que desejando o tiro de misericordia.
Há uma esperança que a motiva,há um desejo que a impulsiona.
A maldita esperança que tu voltes
E a recolha no caminho
A maldita esperança que
Este lar de dores que hj
Meus olhos contemplam
Torne a ser o que sempre
fora ao teu lado
O nosso...ainda que apenas nosso
Doce lar de amores...

Foto de sushi

SEMPRE AMOR E TRISTEZA

Uma tristeza e uma sensação estranha
Próxima de um amor marcado
Tão disfarçado em ações visíveis, inesquecíveis e notáveis
Onde aquele nosso antigo sonho
Atravessou o tempo
Adormeceu à medida do que não ocorreu.
Oportunidade entrelaçada
Com a responsabilidade de manter vivo
Um belo sentimento que vinha se tornando
Mais próximo alegre triste distante
E o passar do tempo tão solitário
Enquanto aqueles corações padeciam nas lembranças
Se embalavam e também se contorciam
Numa sintonia mascarada e muito transcendental
Algo de muito latente absorvia aquelas almas
Tão apaixonadas e preteridas .
Algo de muito forte as unia
E também as afastavam
Silenciosamente
Fazendo temer ainda mais este triste coração
Que tanto alimentava um majestoso sentimento
Velho
Amigo e tão lindo
Onde se firmou então o ADEUS .

Tão vivo
Encravando em nossas almas
Formando uma enorme aura
Protegendo e deixando prevalecer o grande amor
Porque não dizer aquele nosso amor !

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia,
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olhos para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; nem porque estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, não chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como um fantasma – não posso fugir.
Me angustia, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade esta mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido.
Pequenas e grandes coisa, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Te chupo como uva, urino no esgotos - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é me anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão eu espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei onde vou.
Virei olhando seu rosto uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha roupas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância vou embora você – é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marcas os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova sou invisível - nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre roubas um pouco.
Solitário, nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Te chamarei de Rodrigo, pelo menos rima com quem
- da felicidade é mendigo.
Agora te pergunto ou digo; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para este tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura

Foto de Fernanda Queiroz

Concurso Literário

Este é o mais recente tópico do Site.Esperamos através deste elevar o nível de publicações e avaliações dos poetas que aqui deixam tuas criações autênticas e inéditas.
Terá por hora duas categorias, Poemas e Contos.
Será divulgado um Edital com as normas de participação, a seguir serão editados a título experimental “Concursos lampejo”, portanto fiquem atentos, terá prazo curto para postagem.
A meta é elaborar grandes concursos literários, com temas pré-definidos, onde todos os usuários cadastrados poderão participar.
“Neste Site você encontrará um tópico de “Direitas Autorais e Gramáticas e Ortografia”, onde poderá sanar tuas dúvidas sobre os conteúdos postados”.

Foto de Marcelo Souza

Fim de tarde

Fim de tarde; quanta alegria deveria haver em mim?
Horas vagas, dever cumprido, retorno ao lar; quanta alegria deveria haver em mim?
Quanta alegria? E o que é alegria?
És tu procurada alegria?
Pois tu a carrega como um manto me cobrindo ao chegar e junta-me quando ausente.
Quanta alegria devo sentir?
Fim de tarde e não sou eu ao teu lado, amarga carruagem de duas rodas, prateada e rápida como os trovões ao te levar para longe de mim.
Que alegria ainda devo sentir, que paz ainda pode haver?
Duvida...
O que há em mim que te afasta e o que há em ti que tanto me atrai?
Fim de tarde...E como tantas é fria e inerte, cruel como cada instante que a precede; os segundos que passam no relógio como meu carrasco que afia o machado antes da execução.
Que alegria devo sentir? Se minha alegria é você e se em pleno desespero meus olhos te buscam e de mão vazias voltam ao poço de lagrimas que é seu habitat natural
Fim de tarde, como o fim de tudo.
Fim de tarde, um dos muitos que se foram, e um dos muitos que sei que virão.
Fim de tarde; quanta alegria deverá haver?
Enfim te revejo...
Esperança, pois agora estou ao teu lado.
Esperança...
Inicio da manhã, a doce alegria voltou.

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